Entre os titulares de Cruzeiro e Atlético na final, apenas dois são mineiros

Alberto Ribeiro e Frederico Ribeiro - Hoje em Dia
26/11/2014 às 07:40.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:10
 (Editoria de Arte)

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A final da Copa do Brasil tem cheiro de pão de queijo e café coado na hora. Contudo, em uma decisão que mostra a força de Minas Gerais para o resto do país, outros sotaques são maioria.   São Paulo é o berço de boa parte dos jogadores de Cruzeiro e Atlético que entram em campo na final. De Minas mesmo, dos titulares, há apenas dois representantes certos: Marcos Rocha e Léo. Mayke, que se contundiu na vitória da Raposa sobre o Goiás, pelo Campeonato Brasileiro, pode jogar, mesmo no sacrifício.   Entre os principais jogadores celestes há representantes do Centro-Oeste: o goleiro Fábio, formado nas categorias de base do Cruzeiro, é do Mato Grosso, assim como o volante Nilton.   No ataque, os paulistas dominam. São cinco representantes da terra da garoa, sendo Willian, Everton Ribeiro e Ricardo Goulart os principais. O zagueiro Bruno Rodrigo e o atacante Júlio Baptista completam a lista.   Destes, Goulart é o único que não teve oportunidade de jogar em um grande time paulista. Foi na Raposa que ele chegou ao auge do futebol, conquistando títulos e sendo convocado para a Seleção Brasileira. Nesta quarta-feira (26), ele tem a chance de colocar mais um troféu na prateleira.   Goulart quer agradecer o carinho da torcida, que o trata como um verdadeiro mineiro: aquele que foi comendo pelas beiradas do campo, com futebol simples e eficiente. “Sei da grandeza do clássico, do sentimento do torcedor. Durante esse período, não imagino como o torcedor se sente. Espero que o Cruzeiro, diante da nossa torcida, possa levantar essa taça tão esperada”, disse.   Do Nordeste   Pode-se dizer que o Galo é apimentado. Se apenas Marcos Rocha representa Minas entre os titulares, o Nordeste está em peso ao lado dos paulistas. E municípios da Bahia terão muito o que ganhar na Copa do Brasil. Pequenas cidades, como Santaluz, Jeremoabo, Teixeira de Freitas e Itororó estarão vestidas de preto e branco.   A base alvinegra é talhada na observação de jovens nordestinos. Carlos, Jemerson e Marion são baianos. Pierre, Edcarlos e Pedro Botelho também já correram atrás do trio elétrico.   Também há o maranhense Guilherme, o paraibano Douglas Santos e o pernambucano Josué. Para terminar, o alagoano Luan, de São Miguel dos Campos. O “doidinho”, que marcou em todas as fases da Copa do Brasil, sonha com mais um gol histórico.   “Seria o mais importante da minha vida, não só da minha carreira. Fui feliz no primeiro jogo, quem sabe agora posso fazer mais um e ajudar meus companheiros com a vitória”, disse.   Prontos para a foto de campeão   Atlético e Cruzeiro podem ser água e vinho. Mas os jogadores dos dois elencos, mesmo levando a rivalidade à risca, têm hábitos em comum. Na véspera do clássico, alvinegros e celestes se preparam para a foto oficial do futuro campeão com um visual cuidado pelo mesmo cabeleireiro.   Nessa terça-feira (25), Elias Torres, conceituado no ramo e conhecido por ter entre seus clientes Messi e Ronaldinho Gaúcho, foi até a Cidade do Galo para “dar um tapa” nos cabelos de 14 jogadores alvinegros.   Elias havia voltado de viagem nessa terça mesmo e foi direto para Vespasiano. Depois, ele seguiu para a Toca da Raposa II para ajeitar o visual de 12 atletas cinco estrelas.   “Os jogadores são extremamente vaidosos. O Victor, por exemplo, corta o cabelo a cada dez dias. Eles sempre me procuram em jogos como esses, decisivos”, disse Elias.

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