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Terça-Feira,30 de Abril

Entrosamento iniciado em 2011 é trunfo do Cruzeiro na Superliga

Gláucio Castro - Hoje em Dia
06/04/2015 às 08:00.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:31

(Luiz Costa)

Mineirinho lotado, manhã do dia 24 de abril de 2011. Mais de 16 mil torcedores empolgados foram ao ginásio da Pampulha apoiar o Cruzeiro em sua primeira final de Superliga Masculina de Vôlei.    Naquele dia, o levantador William, o oposto Wallace, o central Douglas Cordeiro, o ponteiro Filipe, o líbero Serginho, comandados pelo argentino Marcelo Mendez, não suportaram a força do Sesi e viram os paulistas darem a volta olímpica na terra do pão de queijo.   Cinco anos depois, com o título de campeão mundial e de duas Superligas no currículo, sendo uma em cima do próprio Sesi, na última temporada, esses mesmos jogadores se reencontram novamente com o Mineirinho, daqui uma semana, para disputar a quinta final seguida da mais importante competição de vôlei do país.    O entrosamento de um grupo experiente como o que Marcelo Mendez tem em mãos, que joga junto há mais de cinco anos, é a principal aposta para aumentar ainda mais galeria de troféus do Barro Preto, no próximo domingo, às 10h. “Essa base faz a diferença. A entrega desse grupo que joga junto há tanto tempo é o nosso diferencial”, confirma Filipe, de 35 anos, há cinco defendendo as cores do Cruzeiro.    “Muita gente nos pergunta o que motiva nossa equipe depois de sermos campeões mundiais e duas vezes da Superliga. O que motiva é que eu quero me superar a cada dia. Acho que todo mundo aqui pensa da mesma forma. O Marcelo soube desde a sua chegada ao clube dosar muito bem as contratações”, completa o ponteiro, que sonha com o tricampeonato.   “Só de olhar a gente se conhece e sabe como o outro está. Isso facilita demais dentro de quadra em uma final como esta, que é disputada em apenas uma partida. Nada pode dar errado. Então este entrosamento é fundamental. Mas no dia do jogo, cada um tem que dar mais do que o seu máximo. A vontade conta muito nessa hora”, explica o líbero Serginho, de 36 anos, que vai disputar a 12ª final de Superliga.    “Todo mundo aqui sabe o que pode e o que o outro pode. Não temos que inventar. É entrar bem focado e se entregar”, completa Serginho.   Outro lado   Um dos melhores do Mundo em sua posição, o oposto Wallace, 27, sabe que o entrosamento do grupo que joga junto há cinco temporadas pode facilitar muito as coisas dentro de quadra para o Cruzeiro, mas também ser uma armadilha:    “Ao mesmo tempo que isso é muito bom, pode ajudar o adversário, que acaba conhecendo muito bem nosso elenco e nossa maneira de atuar. Mas temos tudo para buscar mais um título, apesar de o Sesi ter um grupo muito forte”.   Entrevista Marcelo Mendez   Para esta decisão, qual é a importância de estar junto com este grupo há tanto tempo?   Isso é um fato muito importante. Primeiro porque são grandes jogadores e a gente não tem que estar repetindo no dia a dia a filosofia de jogo. Um sempre vai passando para o outro e principalmente para quem chega. Eles já sabem como o outro se porta na quadra, o que facilita muito em uma decisão como esta.   São 13 dias sem jogos até a final. Este tempo é bom para o grupo descansar após a semifinal ou acaba perdendo um pouco o entrosamento?   Pode ser bom para descansar, mas também pode ser ruim porque você perde um pouco o ritmo de jogo. Mas nós já estamos acostumados. Já são cinco finais mais ou menos da mesma forma e já sabemos como é. Temos que ter paciência durante esses dias e trabalhar com tranquilidade para chegar bem no dia da partida.    O que dá para falar do adversário que vocês já venceram no ano passado na decisão?   É um adversário forte, que trabalha muito bem o saque e o bloqueio. São experientes e têm vários jogadores de Seleção. Vai ser uma partida muito disputada. Não podemos perder o foco. Temos que entrar em quadra bastante concentrados porque a decisão é em apenas um jogo.   Você estão acostumados a jogar em ginásios menores. Muda muito a partida sendo em um ginásio bem maior, como o Mineirinho?   Muda muito, principalmente nas dimensões do ginásio. Mas esses jogadores são experientes. Já jogaram no Mineirinho e em outros ginásios da mesma dimensão. Acredito que não vão ter problemas e vamos fazer treinos de adaptação lá para que não haja problemas.   E você prefere a decisão em apenas uma partida como vem sendo ou mais jogos?   Eu prefiro três ou cinco jogos. Às vezes você está em um dia mal e isso pode comprometer tudo. Por isso preferia a decisão em pelo menos três partidas. Mas vai ser um jogo só. Por isso a importância de ter um grupo bom como este que joga junto há muito tempo. Temos que estar preparados e conscientes para a importância dessa decisão.   Quão decisiva será a torcida nessa grande final?   A torcida sempre ajuda muito nosso time. Acho que por isso vai ser importante decidir em casa. Foi um direito adquirido ao longo da competição e temos que aproveitar esta situação. Vai ser muito bom decidir ao lado do nosso torcedor. 

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