Ele é a maior esperança da China Azul em dias melhores depois de duas derrotas seguidas no Campeonato Brasileiro e uma na Copa do Brasil. A serviço da Seleção Brasileira nas duas últimas partidas do Cruzeiro no Nacional, Everton Ribeiro viu de longe a Raposa ser superada por Corinthians (1 a 0) e Flamengo (3 a 0).
Além disso, também esteve de fora na derrota para o ABC (3 a 2), no jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil. O baixo rendimento do Cruzeiro nesse período coloca em evidência uma dependência do time em relação ao seu camisa 17.
Ao lado do contundido Ricardo Goulart e do atacante Marcelo Moreno, Everton Ribeiro vem desequilibrando no Cruzeiro neste Brasileirão. O trio é responsável pela grande maioria dos gols cruzeirenses. Eles marcaram 28 dos 51 gols do time na competição, 55% do total.
Nas últimas partidas sem dois dos seus três pilares, os atacantes passaram em branco. Por isso, o técnico Marcelo Oliveira comemora o retorno do seu maestro no confronto contra o Vitória, domingo, às 18h30, no Barradão, pela 29ª rodada da Série A.
Outra derrota pode colocar em xeque a liderança cruzeirense. Com 56 pontos, a Raposa tem seis a mais que o Internacional, segundo colocado, e uma nova derrota pode diminuir essa diferença para três pontos.
“Claro que o Everton e o Goulart fazem falta. O grande problema do futebol brasileiro é esse. Temos um time jogando constantemente junto e depois você tem que trocar sem tempo de treinar”, lamenta o técnico.
Ele não poupa elogios ao seu principal jogador. “Acho que o Everton hoje, pelo o que ele representa para o Cruzeiro e para o futebol brasileiro, em um momento que estamos formando cada vez menos jogadores talentosos, faz muita falta. Ele é o ponto de desequilíbrio. O jogador que faz o passe curto, um drible, uma jogada diferente, e como o Cruzeiro enfrenta adversários que fecham muito, é fundamental que você tenha uma inspiração a mais, uma jogada individual, uma tabela curta, um lançamento diferente, e ele faz muita falta nesse sentido”, destaca Marcelo Oliveira.
Coadjuvantes
Na vitoriosa campanha do Brasileirão de 2013, uma das marcas do Cruzeiro foi o bom desempenho do coletivo, com titulares e reservas jogando no mesmo nível. Situação que se inverteu em 2014.
Os coadjuvantes não vêm tendo o mesmo brilho. Willian e Dagoberto, por exemplo, que alternavam entre titulares e reservas no ano passado, terminaram o campeonato como um dos protagonistas da conquista. Agora, eles amargam a má fase e chegam a ser até a segunda opção de Marcelo.
Da mesma forma, Marquinhos e Marlone não empolgam. O meia Júlio Baptista, que também foi importante em alguns jogos, está fora por lesão, assim como o atacante Borges, que voltou ao time recentemente, depois de dois meses inativos, e se contundiu de novo. Apenas o jovem Alisson tem atuado bem.
Treinamento na casa do ABC
A classificação no sufoco para às semifinais da Copa do Brasil não foi como os torcedores esperavam. Mas agora chegou o momento de os jogadores virarem a página, focando nos preparativos para a próxima disputa com o Vitória, pelo Brasileirão, no domingo, às 18h30. A delegação segue em Natal até este sábado (18). Nessa quinta-feira (16), os jogadores treinaram no campo do ABC, onde farão outra atividade no sábado pela manhã, antes do embarque para a capital baiana. Nesta sexta-feira (17) está programado uma atividade na academia do hotel.