
O ânimo está mais do que renovado. A confiança em alta. Afinal, de desacreditado na Copa Libertadores o Cruzeiro carimbou sua vaga para a próxima fase. De quebra, levantou a taça de campeão mineiro. Mas o passado ficou para trás e o que importa agora é o futuro, que começa a ser desenhado nesta quarta-feira (16) diante do Cerro Porteño, às 22 horas, no Mineirão, na partida de ida das oitavas de final do torneio mais importante da América.
Fortalecido pela conquista do Estadual e com a dramática classificação na Libertadores, Marcelo Oliveira e seus comandados entram na fase de mata-mata da competição vivendo uma situação oposta a de 2013. Com as entradas de Henrique e Samudio, o setor defensivo ficou mais seguro, sendo prova disso o fato de o goleiro Fábio não sofrer gol há quatro jogos.
O time empatou duas vezes em 0 a 0 com o Atlético, pelo Mineiro, e venceu a Universidad de Chile (2 a 0) e Real Garcilaso (3 a 0), pela Libertadores. Na temporada, em 19 partidas, Fábio ficou 11 sem ser vazado.
“Meu posicionamento está mais na contensão. O Lucas sai mais para o jogo. Eu procuro ajudar na marcação. Mas todo mundo está se dedicando nessa tarefa. Isso é um reflexo da doação de todos, fazendo com que a defesa fique mais fortalecida”, destaca o volante Henrique. Ele fará seu 200º jogo com a camisa do Cruzeiro.
Desfalques
E se o sistema defensivo está em alta, no mata-mata é preciso gols. Fazer o ataque, que carregou o time nas costas em 2013, voltar a funcionar, é o desafio no confronto dessa noite. Nos últimos jogos, o time perdeu muitas oportunidades, o que na reta decisiva pode ser fatal.
Nesse quesito, Marcelo Oliveira ganhou um problema de última hora. Peças essenciais no esquema ofensivo, o meia Ricardo Goulart, artilheiro do time na Libertadores, com quatro gols, e o atacante Dagoberto estão fora do jogo. O primeiro sente dor na coxa direita e o outro sofreu lesão no mesmo local.
Mas nada que abale os homens de frente do time azul, detentor do melhor ataque da Libertadores, com 13 gols. “Vamos entrar com tudo. Sabendo que é um jogo de 180 minutos, temos que jogar com inteligência”, afirma Willian, que assume a vaga de Dagoberto.
Para o lugar de Ricardo Goulart, permanece o mistério. Borges pode ser escalado como centroavante e Júlio Baptista ser recuado para o meio, mas Elber e Marlone são outras opções. Para deixar o time mais ofensivo, Mayke pode substituir Ceará.