Há 20 anos, o Cruzeiro conquistava o bi da Supercopa

Alberto Ribeiro e Henrique Ribeiro - Do Hoje em Dia
Publicado em 25/11/2012 às 11:56.Atualizado em 21/11/2021 às 18:35.
 (Arquivo/Hoje em Dia)
(Arquivo/Hoje em Dia)

O Cruzeiro teve ao longo de sua história vários esquadrões vencedores. Mas um em especial tornou-se inesquecível para a China Azul. Independentemente da época em que tenha nascido, o cruzeirense certamente já ouviu falar em Paulo César; Paulo Roberto, Célio Lúcio, Luizinho e Nonato; Douglas, Boiadeiro, Luiz Fernando e Betinho; Renato Gaúcho e Roberto Gaúcho. 

Foi o plantel apelidado de Dream Team, que há exatos 20 anos fez história ao conquistar o bicampeonato da Supercopa. Era o início da redenção do Cruzeiro depois da decepcionante década de 80. 
 
A campanha do título começou com a ousadia da diretoria cruzeirense na montagem de um time dos sonhos da torcida. Foram contratados jogadores de alto nível técnico e com experiência internacional. 
 
O zagueiro Luizinho e o volante Douglas foram repatriados do futebol português. O clube investiu também no retorno do atacante Betinho e na contratação do atacante Roberto Gaúcho. Mas a contratação de peso foi a do polêmico atacante Renato Gaúcho. “Em Belo Horizonte dois assuntos predominam: o impeachment do presidente Collor e a vinda de Renato Gaúcho para o Cruzeiro”, escreveu o cronista Roberto Drummond em sua coluna no Hoje em Dia.
 
“Foi a melhor equipe do Cruzeiro que eu participei”, relembra o volante Douglas, que surgiu na base do clube e havia sido o maior ídolo do clube na década de 80, antes de se transferir para  a Europa.
 
E de fato aquele Cruzeiro superava as expectativas da China Azul. Na primeira fase encarou o Atlético Nacional, da Colômbia, que vivia a melhor fase de sua história e que era a base da Seleção Colombiana. Como não acreditavam mais na classificação após o empate em 1 a 1, em casa, no jogo da ida, em Medellin, escalaram os reservas no jogo da volta, no Mineirão. O resultado foi um massacre por 8 a 0, com direito a cinco gols de Renato Gaúcho. 
 
Na fase seguinte, o adversário foi o River Plate, que tinha vários jogadores das Seleções da Argentina e do Uruguai. Era a revanche da decisão do título no ano anterior. Após a vitória por 2 a 0 no jogo de ida, no Mineirão, o time cruzeirense conquistou uma classificação dramática em Buenos Aires.
 
“Antes da partida, o ônibus que levava a nossa delegação ao estádio foi apedrejado e o Roberto Gaúcho acabou sendo atingido na cabeça. Depois, já no final da partida, o árbitro marcou dois pênaltis inexistentes, e ainda expulsou o Luizinho e o Boiadeiro. Mesmo assim, vencemos nos pênaltis”, conta o meia Betinho.
 
Na semifinal, o Dream Team passou pelo Olimpia, que era a base da Seleção Paraguaia, com uma vitória por 1 a 0, em Assunção e um empate em 2 a 2, no Mineirão. 
 
Na decisão, o adversário era o Racing, da Argentina, que tinha conquistado em cima do Cruzeiro o título da primeira Supercopa, em 1988. O que eles não esperavam era um verdadeiro show azul. “Nosso lema naquela final era aproveitar o máximo a primeira partida, já que jogaríamos em casa. Fizemos um grande jogo e conseguimos vencer por 4 a 0. No duelo de volta, perdemos por 1 a 0, mas levantamos a taça”, conclui Betinho.
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