
O Cruzeiro segue dando pesadelos à sua torcida, que, na noite desta quarta-feira (8), viu um time desorganizado defensivamente ser superado por 4 a 2 pelo objetivo Santos, na Vila Belmiro. Com a segunda derrota consecutiva, a Raposa se mantém na oitava colocação, com 23 pontos e “ressuscita” o Peixe, que chega aos 16 pontos, subindo para o 14º lugar na tabela.
No próximo sábado (10), o Cruzeiro tenta afastar a má fase viajando a Salvador, onde enfrenta o Bahia, às 18h30, no estádio de Pituaçu. No mesmo dia e horário, o Peixe tenta confirmar a reação ao o Atlético-GO, na Vila mais famosa do mundo.
Início apático
Em um início de jogo em que os passes de lado pareciam ser a regra, poucas jogadas efetivamente levaram perigo até os 20 minutos do primeiro tempo. Com o coletivo limitando a qualidade individual, os times ficavam presos e pouco se criava. Quando não se esperava nada além do básico, veio o diferencial. Aos 21 minutos, Felipe Anderson recebeu a bola na intermediária adversária. Sem espaços, o camisa 10 santista arriscou forte chute e pelota foi morrer nas redes de Fábio, tirando o primeiro zero do placar. Belo gol do alvinegro praiano.
Atrás no placar, o Cruzeiro precisava correr contra o prejuízo. Com pouco espaço e erros constantes na ligação, as alternativas eram as descidas em velocidade ou os lances de bola parada. E foi justamente em um deles que saiu o gol de empate. Aos 28 minutos, Ceará cobrou falta pela intermediária no miolo da área. Com uma calma surpreendente, Borges dominou o esférico, girou e chutou forte, contando com o desvio no meio do caminho para deixar tudo igual no marcador. Gol de centroavante, para alegria da torcida celeste. 1 a 1.
Apesar da igualdade conquistada, o Cruzeiro ainda se mostrava afoito. Com erros de passe constantes e marcação desencontrada, era nítido que o castigo poderia vir se a equipe não se acertasse. E ele não demorou muito. Aos 31, o ligeiro Leandrinho escapou em velocidade pela esquerda, sem sofrer objeção dos defensores da Raposa. Ao chegar na linha de fundo, cruzou para trás, onde encontrou Victor Andrade, que só teve o trabalho de completar para o gol. Peixe na frente, 2 a 1.
No restante da primeira etapa, a Raposa não ofereceu perigo. Quando chegava, não conseguia concluir com precisão. Em contrapartida, os donos da casa buscavam os espaços dados pela trinca de volantes celeste para chegar com perigo. Felizmente, para o Cruzeiro, não conseguiram ampliar o placar e desceram para o vestiário apenas com um gol de diferença.
Instabilidade
Descontente com o comportamento pouco agressivo da equipe, o técnico Celso Roth voltou do intervalo com duas alterações. Sandro Silva saiu para a entrada de Charles e Wallyson deu lugar ao meia-atacante Elber. Não que as modificações surtiram efeito de cara, mas logo aos cinco minutos, o treinador foi premiado com o empate. Ceará cobrou falta com veneno, Aranha deu um passe adiante e a bola o enganou, entrando diretamente na meta que defendia. Tudo igual na Vila Belmiro, 2 a 2.
Como no primeiro tempo, o Cruzeiro não demorou para decepcionar. Quando se esperava uma reviravolta, a equipe pecava em fundamentos básicos e possibilitava ao não tão equilibrado Santos tomar vantagem no jogo. Aos 14 minutos, em uma falta despretensiosa cobrada por Felipe Anderson, Fábio defendeu a bola de forma parcial, mas a defesa não conseguiu afastá-la da área. No bate-rebate, o esférico sobrou para Durval que estufou a rede, desempatando o placar. 3 a 2.
A partir do gol santista, a Raposa seguiu sua odisseia em busca do tento de empate em meio a uma desorganização evidente do meio-campo e da defesa. As tentativas de romper a defesa adversária paravam na falta de criatividade da equipe, que não conseguia abrir brechas no campo. O Santos, por outro lado, apesar de não mostrar tanta qualidade, atuava de forma eficiente. E ao explorar os erros do adversário, conseguiu ampliar o placar. Aos 32 minutos, Bruno Peres recebeu em posição duvidosa pela direita. O lateral avançou até a entrada da área celeste e cruzou rasteiro para a área, onde Bill esperava o passe para cutucar para o barbante. 4 a 2 no placar e a instabilidade é cada vez mais evidente.