Sem clima de velório, mas em ambiente de muita reflexão. Foi assim que os jogadores do Cruzeiro iniciaram ontem os preparativos para a difícil missão de superar o Atlético, domingo, no Mineirão, no jogo de volta da decisão do Campeonato Mineiro.

O técnico Marcelo Oliveira revelou que os próprios atletas fizeram uma reunião entre eles e, depois, conversaram com a comissão técnica, sobre o desafio da necessidade de buscar uma volta por cima.

Para conquistar o caneco, mais distante após a goleada de 3 a 0 sofrida para o rival no último domingo, na partida de ida, no Independência, o Cruzeiro precisa derrotar o rival por três ou mais gols de diferença.

De acordo com Marcelo Oliveira, será fundamental, no domingo, uma mudança de postura da equipe do Cruzeiro. “Não adianta ficar remoendo o que passou. Temos que modificar a postura. O adversário jogou muito bem, mas fomos aquém da expectativa. É preciso ajustar e melhorar”, afirma.

Outra alteração prometida pelo técnico será na forma de o Cruzeiro atuar, com mais rigor na marcação. “Temos que trabalhar o geral, fazer que o time possa marcar mais, mas que tenha inspiração e personalidade para jogar, como já aconteceu em outras oportunidades. Além disso, emocionalmente, precisamos acreditar que é possível, tentar buscar nosso objetivo maior”.

O treinador admite que o desafio é grande. “Não é fácil enfrentar um adversário em momento excepcional, mas acreditamos no trabalho, no espírito de luta”, enfatiza o treinador, que acena com possibilidade de mudar o time.

Ele deixou escapar que Ronaldinho Gaúcho, maestro do adversário, não deverá ter a mesma liberdade do jogo de ida, quando abusou das jogadas de efeito, além de passes para gols dos companheiros.
“Na verdade, fomos envolvidos pela movimentação do Atlético, que hoje tem mais variantes. A inclusão do Tardelli criou mais movimentação. Descuidamos de um jogador fundamental, que cria muito e isso foi um erro fatal, mas já passou”, reconhece Marcelo Oliveira.

Jejum

Na mesma linha de raciocínio do treinador, o atacante Borges considera importante manter o foco no trabalho. Ele tentou manter o bom astral, apesar da derrota indigesta para o rival Atlético.

“Acho que vou tentar resumir: é momento de falar pouco e fazer no dia a dia. Só assim que se consegue a vitória”, diz o jogador, que não marca há quase um mês, desde a vitória sobre o Tupi por 2 a 0, no dia 21 de abrii, no encerramento da fase classificatória do Campeonato Mineiro, em Juiz de Fora. O outro gol foi anotado por Dagoberto.