Leandro Damião tenta repetir a trajetória de Marcelo Moreno na Toca

Gláucio Castro - Hoje em Dia
09/01/2015 às 07:35.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:36
 (Samuel Costa / Hoje em Dia)

(Samuel Costa / Hoje em Dia)

A primeira atividade de Leandro Damião como jogador do Cruzeiro foi uma corridinha leve em um dos campos da Toca da Raposa II. Entre uma volta e outra no gramado, ele sempre dava um olhada discreta para aquele nobre alvo de 7,32 m x 2,44 m. Fazer as pazes com o gol e recuperar a boa fase alcançada em 2011, quando vestia a camisa do Internacional, é tudo que o centroavante de 1,87 m mais deseja neste ano.

Contratado na temporada passada pelo Santos por R$ 42 milhões com a ajuda de investidores, o camisa 9 se transformou em uma grande decepção no clube imortalizado por Pelé e Neymar. Foram apenas 11 gols em 44 jogos e a pior média dos últimos anos: 0,25 por partida.

Sem sucesso no Peixe, onde também sofreu com lesões, foi emprestado à Raposa e chega para tentar recuperar o prestígio. “É justamente nisso que estamos apostando”, avisa o técnico Marcelo Oliveira.

Apesar de chegar a Belo Horizonte sem contar com a unanimidade entre os torcedores, a expectativa na Toca é que ele consiga repetir os passos de Marcelo Moreno, especialmente porque a principal fonte de gols será a mesma: a dupla de armadores Everton Ribeiro e Ricardo Goulart.

O boliviano também havia desembarcado desacreditado na capital mineira, no ano passado, após um período em baixa no Flamengo. Porém, saiu como ídolo e terceiro maior artilheiro do Brasileirão, com 15 gols, atrás apenas de Fred (18), do Fluminense, e Henrique (16), do Palmeiras.

“O Cruzeiro tem um grupo muito bom de jogadores, e espero conquistar muitos títulos aqui. Agradeço muito o carinho da torcida e espero corresponder”, diz o reforço, que será apresentado oficialmente na próxima semana.

Damião viveu o melhor momento profissional em 2011, quando alcançou a melhor média de gols da carreira e foi convocado para a Seleção Brasileira. Além disso, ainda conquistou o prêmio Friedenreich como maior goleador do ano, com 38 bolas na rede, à frente de grandes artilheiros como Borges e Fred.

O oportunismo do paranaense da pequena Jardim Alegre, no interior do estado, chamou a atenção do país. Mas, já na temporada seguinte, Damião não conseguiu manter o desempenho, que ele agora tenta retomar com a camisa do bicampeão brasileiro. 

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