Marcelo Moreno brilha e deixa Cruzeiro folgado na liderança

Wallace Graciano - Hoje em Dia
22/02/2014 às 20:35.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:12
 (PAKITO VARGINHA)

(PAKITO VARGINHA)

No duelo dos líderes do Campeonato Mineiro, quem levou melhor foi a Raposa. Mesmo atuando com seu “time b”, o Cruzeiro superou o Boa Esporte por 3 a 1, na noite deste sábado (22), no estádio Dilzon Melo, em Varginha. Marcelo Moreno (2) e Júlio Baptista foram os heróis celestes no difícil triunfo sobre a equipe boveta, que, apesar do revés, mostrou o porquê de figurar nas primeiras colocações do certame.   Com a vitória, os comandados de Marcelo Oliveira chegaram aos 17 pontos conquistados em sete partidas e se distanciaram na ponta da tabela. O Boa, por sua vez, permanece na segunda colocação, com 13 pontos conquistados, porém, a Coruja disputou uma partida a menos.   As duas equipes voltarão a campo no próximo sábado (1º). As 16 horas, terá início o embate entre o Boa e o Guarani, no estádio Dilzon Melo. Meia hora depois, será a vez da rolar da bola no encontro entre Cruzeiro e Minas Boca, no Mineirão. Antes, porém, a Raposa terá um difícil confronto contra a Universidad de Chile, na terça-feira (25), no mesmo Gigante da Pampulha, às 17h30, em partida que será válida pela Copa Libertadores.   Bom de se ver   Não importa a competição. Se há duelo entre líderes, há a certeza de uma partida de futebol intenso. E o duelo entre Boa Esporte e Cruzeiro, que reuniu as duas melhores equipes do Campeonato Mineiro, não fugiu à tônica. Com qualidade na troca de passes e boa distribuição em campo, os dois clubes fizeram com que o torcedor presente no estádio Dilzon Melo assistisse a uma partida empolgante.   O que se viu nos primeiros 45 minutos foram duas equipes explorando setores diferentes, mas com proposta baseada na mobilidade. O time de Varginha atacou basicamente pelo flanco esquerdo, apostando na improvisação de Luan no setor. O curioso é que o atacante (hoje lateral) celeste não comprometeu por ali e também mostrou qualidade para avançar quando os homens de frente pediam auxílio para abrir brechas pelo meio. E conseguiu fazê-lo bem ao servir de alternativa, sendo um dos destaques ao lado de Marlone, que controlava o setor.   O primeiro grito de “uh” das arquibancadas veio aos 14 minutos, quando o atacante celeste Elber fez belíssima jogada pela direita, gingou na frente do zagueiro e chutou rasteiro. A bola bateu na parte externa da trave e tomou como rumo a linha de fundo. Aos 25, veio a resposta. O ex-cruzeirense Francismar recebeu livre na intermediária. Ao levantar a cabeça, viu Fábio ligeiramente adiantado e arriscou um petardo do “meio da rua”. Para alívio da torcida estrelada, o goleiro fez grande defesa e evitou que a bola beijasse a rede.   O confronto era lá e cá. Principalmente graças às boas trocas de passes. E, em uma delas, saiu o primeiro grito de gol. Aos 28 minutos, Luan tocou para Henrique. Experiente, o volante estrelado pegou o “tempo certo” e deu passe açucarado para Marcelo Moreno. De frente para o crime, o artilheiro mostrou frieza ao deixar o goleiro Emerson no chão antes de cutucar para o barbante. 1 a 0.   O Boa também mostrou qualidade para armar suas tramas e, assim, conseguiu chegar ao empate. Aos 39 minutos, Edmar recebeu pelo setor direito e teve grande visão de jogo para deixar Bruno Aquino na cara do gol. O arqueiro celeste até tentou fechar o canto, mas o matador da Coruja pegou firme na bola para superá-lo. 1 a 1.   O curioso é que a melhor jogada do primeiro tempo não foi nenhum dos dois belos gols. Aos 43 minutos, Souza inverteu bola na esquerda, achando Tinga livre. De cabeça, o volante mandou para o meio, onde achou Marcelo Moreno, que testou firme no contrapé de Emerson. Seria um belo gol, não fosse a extraordinária defesa do arqueiro do Boa. No final das contas, o 1 a 1 não foi nenhum castigo.   Técnica prevaleceu    A tônica da etapa inicial continuou na complementar. Sem “tirar o pé”, tanto o Boa Esporte quanto o Cruzeiro continuaram apresentando um futebol contagiante, com boas variações. A partida ganhou com isso.   Havia, porém, uma ligeira superioridade do time estrelado, muito pelo lado técnico. Aproveitando da qualidade de seus jogadores, a Raposa apostou nas jogadas pelo meio para chegar à meta adversária. Assim, conseguiu criar várias jogadas que exigiram trabalho do setor defensivo do time de Varginha.   Em uma delas, aos oito minutos, Luan avançou pela esquerda e centrou a bola na área, que caiu nos pés de Marlone. O meia girou com tranquilidade e chutou cruzado de canhota. A bola só não tomou o rumo do gol porque a defesa conseguiu desviar a tragetória de forma providencial.   Mas nem sempre havia solução. Aos 20 minutos, Elber achou Mayke livre dentro da área. De frente para o crime, o lateral foi “solidário” e deu belíssima assistência para o lado canhoto, onde achou Marcelo Moreno, também sem marcação. Assim, não tem perdão e o boliviano só teve o trabalho de empurrar para a meta para sair para o abraço. 2 a 1.   Apesar do gol, o Boa estava “vivo”. Não foram poucas as oportunidades que a meta de Fábio foi ameaçada. A mais perigosa delas veio através dos pés de Betinho, que pedalou frente a zaga celeste, cortou para o pé canhoto e “mandou o sapato” de fora da área. Bem posicionado, o arqueiro estrelado evitou o pior.   Mas era pouco para fazer frente ao forte elenco estrelado. Quando o Boa tentava a igualdade, veio o golpe fatal. Aos 46 minutos, Alisson cortou para o lado direito e cruzou a bola com precisão na cabeça de Júlio Baptista. "La Bestia" não perdoou e mandou para o fundo do barbante. 3 a 1 e fim de papo.   FICHA TÉCNICA BOA ESPORTE 1 X 3  CRUZEIRO   BOA ESPORTE: Emerson, Edmar, Mateus, Neylor, Marinho Donizete; Vinícius, Moisés Ribeiro (Alexandre), Betinho, Francismar (Filipinho); Bruno Aquino e Malaquias (Wandinho). Técnico: Ney da Matta   CRUZEIRO: Fábio; Mayke, Léo, Wallace, Luan; Souza, Henrique, Tinga (Nilton), Marlone; Elber (Alisson) e Marcelo Moreno (Júlio Baptista). Técnico: Marcelo Oliveira   Gols: Marcelo Moreno (aos 28') e Bruno Aquino (aos 39' do 1º tempo); Marcelo Moreno (aos 20') e Júlio Baptista (aos 46' do 2º tempo) Data: 22 de fevereiro de 2014 Motivo: Jogo válido pela sétima rodada do Campeonato Mineiro Estádio: Dilzon Melo (Melão) Cidade: Varginha (MG) Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro Auxiliares: Márcio Eustáquio Souza Santiago e Leonardo Henrique Pereira Cartões amarelos: Neylor (Boa Esporte); Souza (Cruzeiro)

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