
O volante Nilton tornou-se, em pouco tempo, uma peça importante na “engrenagem” montada pelo técnico Marcelo Oliveira. Eficiente nos desarmes, ele tem contribuído – e muito – para a tranquilidade do goleiro Fábio. Para isso, conta com fôlego privilegiado, pois, mesmo sendo início de temporada, é visto por quase todos os cantos do campo.
Nos jogos contra o Atlético (2 a 1) e Guarani (0 a 0), Nilton teve o auxílio de Leandro Guerreiro para neutralizar as investidas dos adversários, principalmente de Ronaldinho Gaúcho & Cia. Na vitória sobre o América-TO, por 2 a 0, Tinga foi o parceiro na proteção à zaga, formada por Paulão e Bruno Rodrigo.
Fim da dor de cabeça
Com Nilton no meio-campo, o Cruzeiro, ao que tudo indica, colocou um ponto final na busca por um primeiro volante, com característica de forte “pegada”, como Fabrício, apesar das contusões em seu último ano na Toca, em 2011.
Para ter uma ideia, no Campeonato Brasileiro do ano passado, o então técnico Celso Roth chegou a testar seis jogadores para a função, sem êxito. Casos de Willian Magrão, Amaral, Diego Árias, Sandro Silva, Charles e Marcelo Oliveira. No início de 2011, outro fracasso: Rudnei, que veio do Ceará, não correspondeu à altura e foi negociado, ainda em abril, com o futebol russo.
Embora seja um temível marcador, crucial para exercer com sucesso sua função, o volante Nilton ainda tem dificuldades quando avança para o ataque, como nas chances desperdiçadas contra o Atlético.
Negócio de ocasião
A ida do atleta para o clube estrelado foi, no entanto, um verdadeiro “negócio de ocasião”, além da indicação de Marcelo Oliveira. O jogador acionou o Vasco na Justiça para pôr fim ao vínculo com o time, insatisfeito com os salários atrasados. Foi, então, indicado por Marcelo Oliveira, que já tinha sido seu treinador na equipe carioca no Brasileirão de 2012.
Para não se envolver numa disputa jurídica – que poderia se arrastar por mais tempo que o desejado –, o Cruzeiro chegou a um acordo com o cruzmaltino, liberando Pedro Ken e Sandro Silva. Além disso, acertou a permanência de Nilton por três anos na Toca.