(Samuel Costa)
O risco de uma enxurrada de ingressos falsos no jogo de domingo (10) não se confirmou, pois a Polícia Militar não registrou nenhuma tentativa de entrada no Mineirão com bilhete que não fosse original.
Nos acessos do estádio, funcionários do Cruzeiro e da Ingresso Fácil conferiam a veracidade dos bilhetes utilizando o xerox de um bilhete falso para comparar. Em caso de dúvida, o verso do ticket era colocado na luz negra, para ver se havia escrito a palavra original.
Na quinta-feira, a Polícia Civil prendeu nove pessoas com cerca de 150 ingressos falsos. No sábado, alguns torcedores que haviam comprado bilhetes falsos foram à bilheteria Sul do Mineirão para conferir a autenticidade deles.
Dos 200, metade era falsa. Ontem, na porta do estádio, cambistas agiam livremente e comercializavam entradas por R$ 250. Questionado se o ingresso era verdadeiro, um deles disse que é amigo do segurança que trabalha na bilheteria, e que ele garantiria sua autenticidade.
Antes mesmo do início da venda de ingressos, cambistas já ofereciam as entradas, nos arredores do Mega Space, em Santa Luzia. Com essa informação, a Polícia Civil avisou as partes envolvidas no jogo e armou a operação que permitiu a prisão das nove pessoas na última quinta-feira.
Um fator que contribui para a falsificação de ingressos é o fato de eles serem de papel. Os cartões magnéticos não provocam esse tipo de problema.
A informação é de que as catracas do Mineirão não permitem a utilização dos magnéticos, mas a assessoria da Minas Arena garante que as 98 máquinas espalhadas pelos portões do estádio possuem essa tecnologia.