(Washington Alves)
Foram exatos 14 meses e 15 dias longe dos gramados. A ansiedade para voltar a jogar era tanta que o zagueiro nem quis ir ao vestiário para “tirar a água do joelho”, como flagraram as câmaras de TV, quando se preparava para entrar em campo, no lugar de Manoel, no intervalo do amistoso do Cruzeiro contra o Rio Branco-ES, vencido pelo time celeste por 2 a 0.
Apesar de ter voltado em grande estilo com a camisa azul, Dedé e a torcida precisam ter um pouco mais de paciência antes de o zagueiro reaparecer como um dos destaques do grupo cruzeirense.
Quem avisa é o próprio técnico Deivid. Satisfeito com o retorno do defensor – contratação mais cara da história do Cruzeiro –, o treinador pediu calma à torcida e mencionou as etapas que Dedé ainda terá que passar antes de retomar seu espaço no time titular.
“Foi muito bom ver o Dedé voltando, mas temos que ter cuidado. Ele ficou muito tempo parado. Não podemos ter pressa. A entrada tem de ser gradativa, para que ele, quando entrar na equipe, possa se firmar cada vez mais e dar muitas alegrias para a gente”, salienta o treinador.
Joelho 100%
Dedé não jogava desde o dia 5 de novembro de 2014, quando sofreu séria contusão no joelho direito, no empate com o Santos por 3 a 3, na Vila Belmiro, pela semifinal da Copa do Brasil. No período, precisou ser submetido a duas cirurgias. Na reta final do Brasileirão de 2015, Dedé chegou a ser relacionado para as partidas contra Joinville e Internacional, mas não entrou em nenhuma das duas partidas.
Embora não tenha sido muito requisitado no confronto contra o Rio Branco, Dedé mostrou desenvoltura para sair jogando, além de ter cortado algumas bolas pelo alto. Segundo o zagueiro, o teste valeu para fazer uma avaliação das suas condições físicas. “Estou muito feliz pela pré-temporada, sempre querendo mais. Rapaziada me ajudando, os médicos preocupados comigo. Isso é muito importante”, comemora Dedé.
Ele garante que não sentiu dor no joelho lesionado. “Foi normal, como os outros jogadores. Acabei de sair de uma cirurgia, uma perna está diferente da outra. Mas me senti bem. Com o apoio dos companheiros, da comissão técnica e do médicos, estou de volta e estou muito feliz por isso. Quero agradecer aos torcedores e dirigentes, à minha família, e principalmente à Deus”, completa o jogador, que chegou a ter seu nome ventilado por outros clubes no ano passado.