
As brigas entre Máfia Azul e Pavilhão Independente, justamente nesse momento em que o Cruzeiro volta a ganhar um grande título, estão longe de acontecer por desavenças em relação ao clube. O que provocou a rivalidade entre os dois grupos foram questões financeiras, pois a principal fonte de receita das organizadas é a venda de materiais.
Com a Máfia Azul não é diferente. A torcida tem uma loja na região do Barro Preto, e a receita era dividida entre todas as sub-sedes. O 1º Comando, da Zona Leste, que sempre foi um dos mais fortes, passou a discordar da maneira como a sede, que é a responsável pela administração geral da torcida, vinha agindo.
A falta de um acordo entre as partes provocou a dissidência do 1º Comando, que se uniu à Pavilhão, nascendo uma segunda organizada do Cruzeiro que “atua na pista”, que é a expressão usada pelos torcedores para as brigas.
No mundo das organizadas, o poder é medido pela força que cada facção tem nas brigas contra os inimigos. E o que o Cruzeiro vive nos últimos anos é uma batalha entre esses dois grupos.
Acusações
No ano passado, após vários confrontos entre os dois grupos nos arredores do Independência, o Hoje em Dia ouviu as duas facções da torcida cruzeirense. Para a diretoria da Máfia Azul, a Pavilhão Independente age na clandestinidade, pois não tem sede e provoca as confusões com o objetivo de prejudicar a rival.
Do lado da Pavilhão Independente, os questionamentos eram em relação à divisão dos ingressos que a Máfia Azul recebia e ao destino de uma Kombi e um lote, que foram doados à torcida.