Ronaldo quer reforçar grupo União com clubes importantes do país (Gustavo Aleixo / Cruzeiro)
Sócio majoritário da SAF Cruzeiro, Ronaldo Fenômeno não está confiante que uma Liga de Futebol no Brasil vai sair do papel na próxima temporada. De acordo com o gestor, em entrevista ao ao podcast "Mano a Mano", de Mano Brown, os dois grupos que estão à frente da criação, a Libra e o Forte Futebol, não conseguem chegar a um denominador comum.
“Cada um tem uma desculpa e fala uma coisa. Colocam desculpa no conselho, e nós não olhamos para frente. Vamos perder mais um ciclo de venda de direitos de televisão em conjunto, e cada um vai vender por si”, disse Ronaldo.
Para o Fenômeno, os clubes precisam se unir para deixar o futebol brasileiro mais próximo do que acontece mundo afora. "A negociação tem dois blocos, com dois fundos querendo pagar bilhões, e os clubes não se entendem para pegar o dinheiro. Não entra na minha cabeça a gente não se entender, profissionalizar o futebol e aumentar a receita da indústria do futebol”, falou o gestor Celeste.
Devido a incompatibilidade com os dois grupos, Fenômeno, ao lado dos gestores de Botafogo, Coritiba e Vasco criaram uma terceira via, denominada de “Grupo União”. O primeiro passo foi assinar com investidores que chegaram a um acordo para a compra dos direitos de transmissão da Liga Forte Futebol, porém, sem firmar uma parceria com a LFF.
Formados por times que já estão com as suas SAF´s definidas, o bloco vai procurar por outros clubes que possuem modelos de gestão diferentes para se fortalecer e dar andamento nos projetos com maior agilidade. Dentre os clubes que serão procurados está o Atlético, que caminha para se tornar SAF ainda no segundo semestre deste ano, e os grandes de São Paulo, como revelou Ronaldo.
De acordo com o gestor do Cruzeiro, além do aporte financeiro para os clubes, uma liga no país vai ajudar na regulamentação de alguns pontos que são motivos de reclamações dos times, como por exemplo, os gramados dos estádios brasileiros.
“Com a criação da liga, vamos padronizar gramados no Brasil, padronizar transmissão com iluminação de led para 4k. É uma imagem que vai para o mundo todo. Às vezes temos imagens escuras de um jogo. Também vamos ter melhorias de infraestrutura de estádios e centros de treinamentos”, detalhou Ronaldo, que citou como modelo a LaLiga, organizadora do futebol espanhol.
Enquanto não sai do papel, o futebol nacional segue sendo gerido pela CBF e com o calendário apertado para os clubes que disputam o nacional e as competições continentais.
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