No dia 18 de dezembro de 2021, os holofotes do futebol brasileiro (e mundial) estavam voltados para o Cruzeiro. A razão: o clube e Ronaldo firmaram um acordo, no qual o Fenômeno assinava a intenção de compra de 90% das ações da SAF. Cerca de três meses e meio depois, o novo “patrão” da Raposa vive dois momentos de decisão.

Neste sábado (2), Ronaldo poderá sentir o gostinho de conquistar um título do Mineiro, após 28 anos. Só que agora numa função diferente, sendo responsável direto pela montagem do elenco.

O início

Em 1994, Ronaldinho, como era chamado na época, se sagrou campeão da competição pelos celestes e ainda terminou como artilheiro do Estadual, com 22 gols.

Embora tenha feito uma campanha regular, sendo decisivo em várias partidas, o então atacante de 17 anos ficou marcado no triunfo por 3 a 1 em cima do Atlético, no Mineirão, em 6 de março, tanto por conta do hat-trick quanto pelos dribles desconcertantes sobre o zagueiro uruguaio Kanapkis.

As atuações no Mineiro foram cruciais para Ronaldo ser convocado por Carlos Alberto Parreira para a disputa da Copa do Mundo de 1994, na campanha do tetracampeonato da Seleção Brasileira. O arisco avante não chegou a entrar em campo no torneio. Mas, anos mais tarde, se transformaria naquilo que muitos imaginavam: em um fenômeno nos gramados da Europa e também com a “amarelinha”.

SAF

O ex-atacante poderá ser campeão de um Mineiro novamente, agora como dirigente. Mas, independentemente do que ocorrer no clássico deste sábado, ele terá outro momento decisivo dois dias depois.

Nesta segunda-feira (4), o Conselho Deliberativo fará uma votação com relação às exigências feitas por Ronaldo, como a inclusão das Tocas I e II na SAF. Situação que não foi vista com bons olhos por parte do grupo de conselheiros.

O resultado dessa assembleia vai definir se Ronaldo irá ou não assinar o acordo de aquisição de 90% das ações da SAF, cujo prazo se encerra em 18 de abril.