
Fraco. Com futebol desanimador, o Cruzeiro foi derrotado pelo Figueirense, por 2 a 0, na noite desta quarta-feira (12), no Orlando Scarpelli, em Florianópolis. Sem criatividade, a Raposa não conseguiu mostrar resistência frente a um adversário que também chegou a pecar na parte técnica, deixando, assim, seu torcedor preocupado sobre o futuro da equipe neste Brasileirão.
Com o resultado, o time estrelado permanece estacionado na oitava colocação, com 34 pontos, cada vez mais longe do sonho de uma vaga da Libertadores. No próximo domingo, a equipe recebe o Vasco, no Melão, em Varginha, tentando a recuperação no Nacional. Mas será preciso trabalhar muito para melhorar e encarar de frente o time da Colina.
Pouco criativo
Irritado com o fraco desempenho do setor defensivo dos últimos jogos, Celso Roth tentou dar um “choque” na equipe, ao improvisar Souza na lateral-direita e deslocar o zagueiro Léo para seu setor de origem. Ao mesmo tempo, Wallyson foi preterido pelo treinador, que preferiu reforçar a marcação e tentar explorar os contra-ataques para surpreender os donos da casa, colocando quatro volantes no meio-campo, dois deles com a qualidade na saída de bola como característica (Charles e Tinga). Ledo engano. As mudanças deixaram o time vulnerável na criatividade, diminuindo o ímpeto ofensivo.
Nas poucas vezes que chegou, o Cruzeiro explorava as chegadas de Montillo e Tinga na área adversária. Os meias, por sinal, perderam três grandes chances de balançar a rede defendida por Wilson. Do outro lado, o que se viu foi um Figueirense tentando sair em bloco e achar brechas na linha defensiva adversária, que, apesar de “povoada”, não se mostrava sólida. Aloíso que o diga. Recebendo passes precisos de Ronny, o atacante alvinegro deu muito trabalho à zaga celeste. Por sorte, o avante catarinense não conseguiu converter suas oportunidades em gol.
A falta de criatividade deixava o Cruzeiro vulnerável. Parecia que o ponto conquistado fora de casa era lucro para jogadores e comissão técnica. E o castigo veio logo. Aos 29 minutos, João Paulo cobrou falta com perfeição, no ângulo de Fábio, que só pulou para sair na falta. 1 a 0. O Figueira descia para o vestiário a frente do placar e com a certeza de que foi superior na primeira etapa.
Mais do mesmo
A tônica dos 45 minutos inciais continuou a mesma na segunda etapa. Pouco criativo, o Cruzeiro encontrou resistência na terceira pior zaga do Campeonato Brasileiro. Quando chegava ao ataque, não mostrava qualidade para ultrapassar a barreira montada por Márcio Goiano. As raras chances da Raposa eram provenientes das tabelas entre Montillo, Souza e Tinga, levando ao torcedor cruzeirense que assistia a partida um futebol insosso.
Mas o que era ruim, ficou ainda pior. Aos 32 minutos, Léo foi expulso após dar uma pancada no adversário, sem bola. Aos 40, porém, veio a “pá de cal”. Helder avançou como quis pela extrema-esquerda e centrou a bola. A defesa celeste ficou estática, assistindo Aloísio se antecipar a Leandro Guerreiro e cabecear forte para o gol defendido por Fábio. A torcida celeste assistia ao placar marcar 2 a 0 e ficava com o sentimento de que a equipe tem que trabalhar muito para conseguir reverter a má fase.
FICHA TÉCNICA
FIGUEIRENSE 2 X 0 CRUZEIRO
FIGUEIRENSE: Wilson, Elsinho, João Paulo, Edson, Helder; Jackson (Doriva), Túlio, Claudinei, Ronny (Júlio César); Caio (Botti) e Aloísio. Técnico: Márcio Goiano
CRUZEIRO: Fábio, Souza, Mateus, Léo, Everton; Leandro Guerreiro, Sandro Silva (Marcelo Oliveira), Charles, Tinga (Wallyson), Montillo; Wellington Paulista (Anselmo Ramon). Técnico: Celso Roth
Gols: João Paulo (29' do 1º tempo) e Aloísio (aos 40' do 2º tempo)
Motivo: jogo válido pela 24ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro
Data: 12 de setembro de 2012
Estádio: Orlando Scarpelli
Local: Florianópolis (SC)
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique.
Auxiliares: Rodrigo Pereira Joia e Rodrigo Henrique Correa
Público: 6.917 pagantes
Renda: R$ 81.140,00
Cartões amarelos: Elsinho e Aloísio (Figueirense); Mateus, Souza e Tinga (Cruzeiro)
Cartão vermelho: Léo (Cruzeiro)