Sem poder ofensivo, Cruzeiro perde para o San Lorenzo e se complica na Libertadores

Wallace Graciano - Hoje em Dia
08/05/2014 às 00:04.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:29
 (Maxi Failla/AFP)

(Maxi Failla/AFP)

Pensando demais na defesa e se esquecendo do ataque, o Cruzeiro não conseguiu fazer frente ao San Lorenzo e saiu derrotado do estádio Nuevo Gasómetro, nesta quarta-feira (7), por 1 a 0. De cabeça, na etapa complementar, Gentiletti anotou o gol que colocou o time argentino em vantagem nas quartas de final da Copa Libertadores.   Agora, para manter vivo o sonho do tricampeonato da Libertadores, o Cruzeiro precisará vencer o duelo de volta, que será realizado na próxima quarta-feira (14), no Mineirão, às 22 horas. Como não balançou a rede na casa do adversário, a Raposa será obrigada fazer dois ou mais gols de diferença, caso sua defesa seja vazada. Triunfo por 1 a 0 leva a partida para os pênaltis. Empate ou derrota classificam o time de Almagro.   Faltou ousadia   Desde o início da semana, Marcelo Oliveira e seus comandados já “cantavam” o duelo desta quarta-feira, prevendo que na partida seria necessário focar na marcação. Não era à-toa, afinal, atuar em terras platinas nunca foi das tarefas mais fáceis, já que os times argentinos costumam tomar conta dos embates com uma pressão intensa aliada à catimba. O problema é que o Cruzeiro parece que se esqueceu que atacar também era importante, se retraindo em excesso em uma partida que tinha um adversário que era pouco eficaz no ataque.   Durante todo o primeiro tempo, a Raposa deu apenas um chute à gol. O que se via é que o pouco poder ofensivo celeste não foi ocasionado por uma marcação eficiente do time de Almagro, mas, sim, por seus próprios pecados. O Cruzeiro foi lento na saída de jogo e não teve paciência para “trabalhar” a bola quando necessária. Assim, a ligação entre a defesa e o ataque praticamente não existiu, o que facilitou o trabalho dos defensores dos “Cuervos”, que apenas fechavam as linhas de passe para interceptar a jogada.    O curioso era que os argentinos se mostraram “respeitosos” com o time estrelado, já que temiam deixar espaços para os contra-golpes. Tanto que Edgardo Bauza só permitia que seus comandados chegassem ao ataque com, no máximo, cinco atletas. Ainda assim, o time de Almagro conseguiu criar quatro boas oportunidades de linha de fundo, todas pelo lado esquerdo celeste, que estava sem a cobertura necessária. Para a sorte da Raposa, os homens de frente dos “Cuervos” não tinham “calibrado o pé”.   Castigo   A tônica da primeira etapa não mudou muito no período complementar. Preocupada em excesso com a defesa, a Raposa não conseguiu ser produtiva no ataque. Assim, se tornou coadjuvante de um duelo que o San Lorenzo dominava sem muito trabalho.   Caindo pelas pontas, o time de Almagro quase chegou ao gol aos nove minutos, quando Fábio foi milagroso para salvar a cabeça de Matos e o chute à queima-roupa de Correa. O arqueiro celeste, porém, nada pôde fazer aos 19 minutos, quando sua defesa estática viu Gentiletti subiu sozinho para desviar uma bola cruzada da intermediária. 1 a 0.   Mesmo atrás do prejuízo, a Raposa não conseguiu crescer em campo, se mostrando inoperante na parte ofensiva. Assim,  Torrico foi um mero expectador da partida, já que os seis chutes disparados pelos atletas celestes na etapa complementar tomaram como rumo a linha de fundo.    FICHA TÉCNICA   SAN LORENZO 1 X 0 CRUZEIRO   SAN LORENZO:  Sebatián Torrico, Julio Buffarini, Carlos Valdés, Santiago Gentiletti, Emanuel Más (Leandro Navarro); Juan Mercier, Néstor Ortigoza, Héctor Villalba (Elizari), Ignacio Piatti; Ángel Correa (Kannemann) e Mauro Matos. Técnico: Edgardo Bauza   CRUZEIRO: Fábio, Ceará, Léo, Dedé, Samudio; Henrique, Lucas Silva, Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart; Willian (Dagoberto) e Júlio Baptista (Borges). Técnico: Marcelo Oliveira   Gols:  Gentiletti (aos 19' do 2º tempo) Data: 7 de maio de 2014 Motivo: Jogo de ida das quartas de final da Copa Libertadores Estádio: Nuevo Gasómetro Cidade: Buenos Aires (ARG) Árbitro: Antonio Arias (PAR) Auxiliares: Rodney Aquino (PAR) e Carlos Cáceres (PAR) Cartão amarelo: Gentiletti e Leandro Navarro (San Lorenzo); Dagoberto (Cruzeiro)  

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