
O lateral/volante Rômulo é o capitão da Raposa. Na teoria, essa frase está correta, já que o camisa 8 é quem carrega a braçadeira para dentro de campo, desde a chegada do técnico Paulo Pezzolano. Na prática, o próprio jogador faz questão de frisar que, na verdade, cada atleta do elenco celeste precisa se sentir como um líder no gramado.
"Claro que eu fico muito feliz (de carregar a braçadeira). Mas o fato de eu ter atuado como capitão do Cruzeiro nos dois primeiros jogos não significa absolutamente nada, no sentido de que todos no grupo são líderes, capitães e protagonistas. Fiz esse discurso na última partida (contra o Athletic) e não foi da boca para fora. Realmente é algo que estamos vivenciando no vestiário, onde todos precisam se sentir importantes, e todos são (importantes). Um dos pilares para nossa conquista tão desejada é a união, com todos sendo protagonistas, todo mundo do mesmo nível", afirmou Rômulo.
Para ele, "trabalhar em um grupo sadio, alegre e familiar sempre dá forças a mais" na busca pelos objetivos no ano.
"Sempre foi assim em toda a história, no futebol e em qualquer ambiente. Toda a equipe do Cruzeiro, a começar pelo Ronaldo, a diretoria e o staff, trabalhou incansavelmente para formar um grupo sadio, de meninos bons, e conseguiu. Estamos vendo um grupo bem unido, bem alegre, dando o máximo de si. A gente foi jogar a última partida em condições bem abaixo do que estamos acostumados (em relação ao gramado do estádio Joaquim Portugal). Ninguém reclamou, todo mundo falava em vencer e dar o melhor. São pequenos detalhes que fazem toda a diferença durante o ano", disse.
Lateral
Embora prefira atuar como volante, Rômulo se prontificou a desempenhar um papel que exercia no passado, na ala direita, assim como em 2021. Exemplo daquilo que vem sendo a tônica dentro do plantel, em sua opinião.
"O professor tem dado liberdade para os atletas se movimentarem de acordo com o que acham necessário durante o jogo. É uma liberdade muito boa e produtiva. Nesses dois primeiros duelos, procurei ficar um pouco mais na linha defensiva, liberando um pouco mais o Rafael (Santos) na lateral esquerda. E deu certo, ele já tem duas assistências em dois jogos e não sofremos gol. Manter uma linha defensiva equilibrada, liberando mais os meninos, tem sido fundamental nesse início de temporada", destacou.
"Conversei com o Paulo (Pezzolano) em relação à posição. Ele sabe que atuo também no meio-campo. Mas temos que deixar qualquer tipo de vaidade de lado, temos que estar 100% disponíveis para o Cruzeiro. Quando precisar, precisamos estar de coração aberto para ajudar", completou.