Torcedores celestes que vão acompanhar o jogo desta tarde contra o Goiás, que pode confirmar matematicamente o quarto título Brasileiro do Cruzeiro e o segundo consecutivo, devem redobrar a dose de paciência. O engarrafamento já é grande no entorno do Mineirão desde o início da tarde para o confronto marcado para às 17h. A chuva que começa a cair na região deve deixar a situação ainda mais complicada.

Boa parte dos problemas no trânsito é provocado pelo horário de abertura dos portões do estacionamento do estádio, que só começa a funcionar três horas antes do início da partida. Com isso, os primeiros torcedores que chegam ao local são obrigados a aguardar horas na fila de veículos, que toma boa parte da Avenida Abraão Caran e em volta do Gigante da Pampulha, prejudicando a fluidez do tráfego e provocando engarrafamentos e confusões. Homens da BHTrans e Batalhão de Trânsito tentam organizar a situação.

Moradores do Bairro Ana Lúcia, os amigos Roberto Ribeiro, 59 anos, Hélcio Hélcio Magalhães, 61, e Henrique Magalhães, de 37, foram um dos primeiros a chegar. Antes das 11 horas da manhã já estavam no local para tentar fugir dos problemas corriqueiros dos jogos com grande público. “Mas não adiantou. Estamos aqui presos sem poder fazer nada e tumultuando o trânsito. É um absurdo. A gente vem cedo para evitar tumulto mas não adianta nada”, reclama Roberto, apoiado pelos dois companheiros de Mineirão.

Poucos minutos depois, chegava o casal de Santa Barbara Wander Ferreira, 40 anos, e Viviane Ameno, 38. Os dois deixaram a cidade onde vivem para chegar cedo ao estádio, mas ficaram surpresos com o horário de abertura dos portões do estacionamento. “É uma coisa tão simples de resolver. Não sei porque esta confusão toda. Nossa ideia era guardar o carro e sair para almoçar. Mas pelo visto não vai ter jeito. Quando a gente conseguir entrar já não vai dar mais tempo para achar um restaurante”, diz Viviane.

“É um saco de maldade com o torcedor”, questiona indignado o administrador Marcelo Diniz, 53 anos. “Falta boa vontade. Era só abrir mais cedo”, completa ele. Para o supervisor financeiro Paulo Cecílio Santos, a questão é simples. “Acho que eles fazem isso para não pagar mais hora-extra aos funcionários. Mas acaba prejudicando todo mundo e o espetáculo”, enfatiza.

A assessoria de imprensa da Minas Arena justificou que todas estas questões são decididas e acordadas por todos os envolvidos na partida na reunião do jogo que acontece durante a semana, mas já existe um estudo para ampliar este horário. Em dias de grandes públicos como o desta tarde, os portões abrem três horas antes do início do jogo. Já em confrontos com previsão de menor público duas.

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