Dátolo abre mão dos holofotes para servir ataque alvinegro

Frederico Ribeiro/Hoje em Dia
18/10/2014 às 12:04.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:40
 (Bruno Cantini)

(Bruno Cantini)

Sábado à noite. Hora de dar aquele tapa no visual e curtir as baladas de Belo Horizonte. Mas não para Jesus Dátolo. Para o meio argentino, será o momento de se preparar para mais um jogo do Atlético. Mesmo vaidoso, o meia abriu mão das luzes no cabelo. Em contrapartida, voltou a brilhar em campo e será um dos responsáveis pelo sucesso do Galo contra Chapecoense, às 21h, pela 29ª rodada do Brasileirão.
“É mais uma final. Teremos o torcedor com a gente, e vamos ter a mesma pegada que foi contra o Corinthians”, comentou o argentino, referindo-se à virada heroica da última quarta-feira. Primeiro time do G-4, o Atlético pode assumir até a vice-liderança, caso vença por 2 a 0, dependendo ainda de um tropeço do Inter para o Timão, e uma zebra entre São Paulo e Bahia, neste sábado (18), no Morumbi.
Se no começo do ano Dátolo atuou improvisado na lateral esquerda com Paulo Autuori, neste sábado, ele é escolhido de Levir Culpi para construir as jogadas de ataque. E garante que não busca os holofotes. “O Atlético me contratou para assistir, e para tentar fazer gol também. Para mim, é um orgulho muito grande assistir um companheiro. É como se eu tivesse feito o gol”, diz.
Neste ano, o meia já deu 16 passes decisivos, igualando, por exemplo, o rendimento de Ronaldinho Gaúcho nesse quesito em 2013.

Entrega total
Enquanto Tardelli foi muito elogiado pelo comprometimento contra o Timão, pouco se falou sobre a entrega de Dátolo. Ao fim do jogo, exausto, o meia chegou a ajoelhar no gramado.
A raça argentina também está presente nos treinos e no discurso. Questionado se os problemas financeiros do clube poderiam tirar o ânimo, o meia foi taxativo. “É uma situação que qualquer time pode passar. Mas temos um comprometimento grande com o torcedor e vamos dar a vida em campo”.
Barba da sorte
No elenco do Galo, Dátolo é um dos que mais se preocupam com o visual. Porém, para ser campeão, o argentino está disposto a abrir mão da lâmina de barbear. “É uma promessa, tanto na Copa do Brasil quanto no Brasileirão. Vou deixar a barba até o fim. Tomara que dê certo”, afirmou o meia, que resumiu o espírito alvinegro na disputa das duas taças: “Não vou parar de sonhar nunca”.

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