Da trave ao desemprego: Giménez viu carreira decair após pênalti do título do Atlético em 2013

Frederico Ribeiro e Henrique André
esportes@hojeemdia.com.br
24/07/2018 às 13:51.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:34
 (Reprodução)

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"Pensa só! O Giménez na cobrança, pra acabar logo. O Giménez perde o pênalti e acaba..". O narrador Cléber Machado, da Rede Globo, jogou palavras sobre os ombros do meia-atacante argentino Matías Giménez. O chute carimbado na trave direita decretou o título do Atlético naquela madrugada de 24 para 25 de julho, há cinco anos, e mudou a carreira do atleta, um "herói" da história alvinegra.

O erro fatal do jogador do Olímpia fez o Galo vencer a disputa de pênalti na decisão da Copa Libertadores de 2013. Com quatro cobranças certas, e dois erros dos adversários, o clube mineiro chegou à glória inédita. Giménez sairia do Olimpia meses depois, para iniciar peregrinação até o desemprego atual. Hoje, aos 33 anos, estuda para ser treinador.

Giménez impediu que Ronaldinho fosse para a marca da cal dar a já conhecida cavadinha planejada. Trocou o provável infarto de alguns torcedores pelo jato de adrenalina no Mineirão. Sorte para o Atlético, azar completo para o jogador, que sumiu do mapa.

Em rápido contato com o Hoje em Dia, através de mensagens por telefone, Giménez deu evidências de que o a falha no Gigante da Pampulha ainda é uma ferida aberta. Não completou a conversa, dizendo, controversamente que "Olha, a verdade é que se passou muito tempo e isso é algo terminado já. Hoje eu estudo", disse.

Nas buscas pela carreira do jogador, há controversas sobre os clubes já defendidos. Certo é que ele surgiu no Tigre, se destacou nas divisões inferiores até chamar a atenção do Boca Juniors. Não vingou na Bombonera, foi cedido ao San Lorenzo e ao Belgrano, até acertar em definitivo com o Huracán, no início de 2013.

Até que, em junho, após a parada da temporada em virtude da Copa das Confederações, ele assinou com o Olimpia para a disputa das semifinais da Libertadores. Participou da decisão contra o Galo sendo suplente. Completou 12 meses no Decano, até ser liberado na Copa do Mundo de 2014. 

ANDANÇAS E PROCESSO
Ao se despedir do Paraguai, o apoiador se envolveu em outro momento negativo para o clube tricampeão da Libertadores. Cobrou dívidas junto à Fifa, que chegou a quitar seis pontos do Olimpia no campeonato local. A pena foi retirada posteriormente no tribunal da entidade. 

Assunto encerrado, quando Giménez retirou a ação após receber cerca de 155 mil dólares em agosto de 2016, segundo a mídia paraguaia. Mas foi um ingrediente extra para tornar o argentino como uma péssima lembrança aos torcedores 'Reys de Copas'. 

Naquele momento da ação judicial, Giménez se encontrava no Deportivo Armenio, depois de defender o Aguilas Doradas da Colômbia e o Argentinos Juniors. Algumas fontes dão conta que seu último clube teria sido o Deportivo Textil Mandiyú (onde Maradona chegou a ser diretor). Entretanto, o próprio atleta negou, "não conheço este time". 

Em outros registros, a última partida oficial do jogador que fará 34 anos em dezembro foi em junho de 2016, pelo próprio Deportivo Armenio, numa vitória diante do Deportivo Español. O compromisso era válido pela Primeira B Metropolitana, equilavente à 3ª divisão nacional. O Armenio seria lanterna, cairia para a Primeira C Metropolitana, onde se encontra até hoje.

"Estamos sem clube ,estamos já há um ano e meio sem clube. Por, bem, por circunstâncias. Hoje em dia eu gostaria de ser técnico e  estou estudando com alguns colegas de Tigre", afirmou Giménez, em entrevista ao programa radiofônico Boca Pasión Total, em maio de 2018.Bruno Cantini/Atlético 

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