(Igor Sales/Cruzeiro)
O presidente interino do Cruzeiro, José Dalai Rocha, mesmo longe da sede administrativa do clube pelo tratamento contra o coronavírus, segue trabalhando de casa. E uma das decisões importantes tomadas pelo dirigente foi a de expulsar do Conselho Deliberativo conselheiros que receberam dinheiro do clube durante a gestão Wagner Pires de Sá.
Nesta sexta-feira (17) o presidente confirmou ao Hoje em Dia que parte dos 32 conselheiros que foram remunerados pelo clube, como consta em registros contábeis de 2018 e 2019, foram expulsos do quadro de conselheiros por infringir disposições do estatuto cruzeirense.
"Eu assinei hoje (quinta-feira) um documento para retirar do nosso Conselho os conselheiros que foram remunerados na gestão anterior. Alguns tiveram suas justificativas aceitas, mas outros não, e esses foram expulsos do quadro de conselheiros", disse Dalai ao HD.
Dentre os expulsos, segundo Dalai Rocha, estão conselheiros efetivos e natos. Apesar da confirmação da saída desses conselheiros, Dalai não citou nomes e nem a quantidade de pessoas expulsas do Conselho Deliberativo após receberem remuneração do Cruzeiro.
Desrespeito ao estatuto
De acordo com o artigo 18 do estatuto do Cruzeiro, "a prática, seja ela em forma de pagamentos via pessoa jurídica ou CLT, é uma infração às regras do Clube".
No dia 6 de março os 32 conselheiros foram notificados e o Cruzeiro solicitou que cada membro citado informasse o objejeto do contrato de prestação de serviço firmado e quais eram as atribuições. Os conselheiros tiveram dez dias para apresentar defesa, que deveria ter sido protocolada na secretaria do clube.
Segundo apurou o a reportagem, dos 32 conselheiros notificados apenas 12 enviaram justificativas, os outros 20 não teriam se manifestado oficialmente à diretoria atual.