Dança das cadeiras no Cruzeiro 2019: os ‘quatro cavaleiros do Apocalipse Celeste’

Hugo Lobão
08/12/2019 às 18:25.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:58
 (Cruzeiro/Divulgação)

(Cruzeiro/Divulgação)

A continuidade de Mano Menezes no comando do Cruzeiro era um dos motivos citados quando se colocava o time celeste como um dos principais candidatos aos títulos em 2019. Agora, a troca de técnicos ao longo do ano pode ser considerada um dos motivos do inédito rebaixamento na história do clube.

Mas como foi o desempenho de cada treinador no catastrófico ano cruzeirense? E quais foram os motivos das demissões de cada um?

Pode-se dizer que Mano Menezes deixou o Cruzeiro por uma série de fatores. O estopim foi a derrota por 1 a 0 dentro de casa diante do Internacional, no jogo de ida das seminais da Copa do Brasil, em pleno Mineirão.

Somados a este revés, foram relevantes a eliminação na Copa Libertadores após dois empates sem gols diante do River Plate, nas oitavas de final, e, obviamente, o desempenho de apenas 25,6% de aproveitamento no Campeonato Brasileiro.

Ceni

Para substituir um dos mais vencedores técnicos da história estrelada, o escolhido foi Rogério Ceni, que tinha a missão de melhorar o desempenho da Raposa no Brasileirão e arrumar a equipe para o decisivo jogo de volta contra o Inter, no Beira-Rio – quarto do ex-goleiro no comando do clube.

Depois do bom início de trabalho (duas vitórias e um empate), a história de Ceni no Cruzeiro começou a ficar conturbada após a derrota por 3 a 0 diante do Inter. Mais do que o resultado, as escolhas do treinador e as críticas feitas por alguns jogadores do elenco mostravam que o clima na Toca da Raposa já não era dos melhores.

“Você mudar três, quatro nomes para uma semifinal é muita coisa. Fazer quatro mudanças é muita coisa em um time que já está formado. É difícil, complicado”, declarou Thiago Neves após a eliminação no Sul do país.

Os maus resultados posteriores e desentendimentos de Ceni com atletas culminaram na demissão do treinador, após o empate com o Ceará, no Castelão, pela 21ª rodada da Série A. Depois da partida, houve discussão entre jogadores importantes do elenco, como o zagueiro Dedé, e o técnico, no vestiário do Castelão.

O desempenho de Ceni no Brasileirão à frente da Raposa foi de 38,1%.

Abel Braga

Se o grande problema de Ceni no Cruzeiro foi a convivência com os atletas, o escolhido por Itair Machado – em seu último ato à frente do futebol cruzeirense – foi Abel Braga. Pesou a favor do experiente treinador a boa relação com grande parte do elenco e seu estilo “paizão”.

Ele é o dono do melhor aproveitamento à frente da Raposa no Brasileirão. Abel conquistou 40,5% dos pontos que disputou pelo Cruzeiro.  Mesmo assim, o treinador passou o bastão para Adilson Batista com a equipe na zona de rebaixamento.

Adilson Batista

Querido por uma parcela da torcida cruzeirense, foi o escolhido para tentar livrar o clube do primeiro rebaixamento de sua história. No entanto, o último fio de esperança se rompeu, e o Cruzeiro jogará pela primeira a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro.

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