Dar fim a pior jejum, recuperar o time e blindar o extracampo: os desafios de Ceni no Cruzeiro

Lucas Borges
14/08/2019 às 18:20.
Atualizado em 05/09/2021 às 20:00
 (Bruno Haddad/Cruzeiro)

(Bruno Haddad/Cruzeiro)

Começou a era Rogério Ceni no Cruzeiro. Apresentando na última terça-feira (13) para substituir Mano Menezes, o novo técnico da Raposa chega à Toca da Raposa II com a missão dar fim à péssima fase do time na temporada. Logo em sua estreia pela equipe celeste, Ceni tem pela frente o líder do Campeonato Brasileiro. Neste domingo (18), a equipe recebe o Santos, às 16h, no Mineirão, pela 15ª rodada do torneio.

Além da possível saída da zona de rebaixamento, o triunfo sobre o Peixe evitaria que o pior jejum de vitórias da Raposa na história do Campeonato Brasileiro fosse aumentado. A sequência de 11 jogos sem vencer neste campeonato é a maior do time celeste na história da principal competição do país, juntamente com outra série negativa na edição de 2011.

Antes do duelo com o Alvinegro Praiano, o técnico estrelado elogiou a qualidade do adversário e de seu comandante, o argentino Jorge Sampaoli.

"Acho que ele é um técnico acima da média, fora da curva, merecedor de todo sucesso. Anos atrás vi trabalho dele no Sevilla. O Santos é uma das equipes mais difíceis de serem vencidas. Vamos ver o que o Santos fez, achar melhor maneira de confrontar o Santos", completou.

Recuperação

Outro desafio de Ceni no Cruzeiro é recuperar a confiança do time, que soma apenas uma vitória nos últimos 19 jogos. Além disso, a equipe balançou as redes apenas em um dos últimos nove jogos. Apesar do momento ruim na temporada, o novo comandante da Raposa fez questão de elogiar a qualidade do elenco, citando o bom desempenho da Raposa nos primeiros meses do ano.

"Todos os clubes têm suas falhas, os times têm seus buracos no campo de jogo. A gente vai tentar corrigir essas falhas, melhorar em alguns aspectos. Talvez um dos principais motivos para vir para cá, é ter um elenco tão qualificado. O time começou a temporada muito bem, com muitas vitórias, depois perdeu ritmo”, completou Ceni.

Extracampo

Por fim, e talvez a mais difícil das missões de Rogério Ceni à frente do Cruzeiro, é a necessidade de blindar o elenco dos problemas extracampo, que vêm atingindo o clube nos últimos meses, principalmente em razão de denúncias envolvendo membros da atual diretoria. Tal trabalho era feito por Mano Menezes e lembrado pelos jogadores após a saída do ex-comandante ser anunciada.

Apesar da incerteza em relação às questões externas, Ceni mostrou tranquilidade, revelando que a primeira impressão no clube foi das melhores. "Pelo que vi hoje, pela maneira que conversei, vejo um ambiente extremamente saudável. Minha função é dentro das quatro linhas, mas vamos trabalhar todos os dias. São coisas distintas (dentro e fora de campo). Estou chegando agora, não tenho noção exata do que se passa. Mas vamos trabalhar com futebol e resultados. E tentando jogar futebol cada vez melhor", disse.

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