De 'petequeiro' para o melhor das Américas, Ygor Coelho quer o ouro no Pan

Estadão Conteúdo
31/07/2019 às 09:03.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:47
 (Reprodução / Facebook)

(Reprodução / Facebook)

Na escola ele era chamado de "petequeiro" pelos amigos apenas porque escolheu um esporte pouco convencional no Brasil. Mas a escolha mostrou-se acertada. Atualmente Ygor Coelho é o número 1 no ranking individual masculino das Américas no badminton e sonha em conquistar uma medalha nos Jogos Pan-Americanos em Lima, no Peru.

Nesta terça-feira, ele superou o cubano Leodannis Martínez por 2 a 0 (21/15 e 22/20) e avançou para as quartas de final da competição. Foi sua segunda vitória no torneio no Peru - na estreia, havia vencido com tranquilidade Uriel Canjura, de El Salvador. Nesta quarta, vai encarar o norte-americano Timothy Lam, de 21 anos, em duelo que está programado para as 19h40 (de Brasília).

"Meu objetivo é ganhar uma medalha. Venho trabalhando bastante para esse objetivo. Quando acabou a Olimpíada morei dois anos na França, depois mudei para a Dinamarca, tenho uma treinadora dinamarquesa, sou hoje o número um das Américas, então venho com uma bagagem diferente e espero conseguir conquistar a medalha para o Brasil", avisou.

O atleta, que cresceu na comunidade da Chacrinha, no Rio de Janeiro, aprendeu a modalidade com o pai em um projeto social. "Ele foi atleta de natação. Construiu uma piscina primeiro, mas no meio do caminho descobriu o badminton através de um professor do Colégio Pedro II. Ele se adaptou rápido e adorou. Ele quis implantar esse esporte na comunidade para atrair os jovens", contou Ygor.

O rapaz sabe o quanto é importante ter atividades esportivas para os jovens no local onde cresceu. "Onde eu moro, existem dois caminhos: o do bem e o do mal. O caminho das drogas ou dos estudos. Meu pai então criou a primeira equipe e depois dos treinos a gente brincava. Tenho orgulho disso", explicou o atleta de 22 anos.

Ygor começou a praticar o badminton aos 3 anos de idade. A modalidade que utiliza raquete para mandar uma peteca para o outro lado da rede, na quadra do adversário, chamou atenção de seus colegas de escola e ele virou brincadeira entre os amigos. "Na escola me chamavam de ‘petequeiro’. Mas hoje os amigos já falam parabéns e festejam o fato de eu ter ido disputar a Olimpíada a 20 minutos da minha casa".

No Pan de Lima, seus principais adversários são só atletas da Guatemala, Canadá e Cuba. Ygor sabe que não pode bobear, até para não ser eliminado precocemente. Ele conta com patrocinadores fortes, que o ajudam a disputar torneios internacionais, e vai em busca de realizar seu grande objetivo em Lima. "Não tenho medalha em Pan. Seria um sonho", disse.

Caso avance para a semifinal dos Jogos Pan-Americanos, Ygor já terá garantido a medalha de bronze, pois não há disputa de terceiro lugar no badminton.


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