De trabalho mais longevo do país a 'moedor de técnicos'; Cruzeiro teve seis treinadores em 14 meses

Lucas Borges
@lucaslborges91
11/10/2020 às 19:49.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:46
 (Bruno Haddad/Cruzeiro)

(Bruno Haddad/Cruzeiro)

A maior crise institucional, política, financeira e técnica da história do Cruzeiro é refletida também pelo número de treinadores que a Raposa teve nos últimos 14 meses.

Depois de ter o trabalho mais longevo entre os principais times do Brasil com Mano Menezes - que ficou mais de três anos em sua segunda passagem pelo clube estrelado -, o Cruzeiro iniciou um ineficiente rodízio de técnicos.

A ciranda no comando da equipe celeste começou no dia 8 de agosto de 2019, quando Mano Menezes pediu demissão do cargo, após derrota por 1 a 0 para o Internacional, no jogo de ida da quartas de final da Copa do Brasil.

Para o lugar de Mano, chegou Rogério Ceni, que ficou à frente do time estrelado por apenas 46 dias.

Desgastado com parte do elenco, e sem o respaldo da diretoria, Ceni deu lugar a Abel Braga, preferido de uma ala bastante influente no plantel estrelado à época.

Sem conseguir tirar o time da zona de rebaixamento do Brasileirão, Abel foi demitido no dia 29 de novembro, restando apenas três jogos para o final do campeonato.

Em situação dramática, Adilson Batista assumiu o elenco e não conseguiu reverter o quadro. Com três derrotas em três jogos, o ex-zagueiro viu do banco de reservas a inédita queda da Raposa à Série B.

2020

Mesmo com a grande reformulação dentro e fora de campo no Cruzeiro, Adilson Batista foi o escolhido pelo Conselho Gestor - que administrou a Raposa entre dezembro de 2019 e maio de 2020 - para iniciar a temporada no comando da equipe.

Com resultados ruins e um futebol pouco convincente, Adilson foi demitido no dia 15 de março.

Sob grande expectativa, Enderson Moreira chega ao Cruzeiro com a missão de montar a equipe para a Série B, principal objetivo da Raposa no ano.

Apesar de um início promissor, Enderson não resistiu ao momento ruim do Cruzeiro na competição e foi demitido no dia 8 de setembro.

Por fim, Ney Franco, que teve a passagem mais rápida entre todos os colegas que dirigiram o time estrelado desde o ano passado.

Nos 32 dias que esteve à frente do time estrelado, Ney obteve duas vitórias, um empate e três derrotas.

O técnico deixa o time estrelado na 19ª colocação na tabela de classificação, com apenas 12 pontos.

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