Dedé trabalha parte física na Toca, mas ainda não há data para o retorno

Gláucio Castro – Hoje em Dia
03/11/2015 às 07:15.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:19
 (Washington Alves)

(Washington Alves)

A noite do dia 5 de novembro de 2014 é mais uma daquelas que entraram para as páginas heroicas e imortais do Cruzeiro. Com um gol aos 49 minutos do segundo tempo, no empate por 3 a 3 com o Santos, Willian colocou a Raposa na final da Copa do Brasil. Enquanto a festa azul tomava conta da Vila Belmiro, o zagueiro Dedé não tinha muito a comemorar.

Substituído logo aos 3 minutos do duelo contra o Peixe, Dedé via começar o próprio calvário, que completa um ano na próxima quinta-feira. Desde a lesão, Dedé só foi escalado em centros cirúrgicos, departamento médico e fisioterapia da Toca da Raposa II. Chateado pelo período longe dos gramados, ele evita dar entrevistas, mas já participa de trabalhos físicos na academia e gramados do CT cruzeirense.

Mesmo assim, o zagueiro da Raposa não volta a jogar nesta temporada. Apesar de estar em fase final de recuperação da cirurgia no joelho direito, ele ainda não tem previsão de retorno aos gramados.

O carinho da família, os desabafos com os amigos e os cultos do lateral Ceará na própria Toca ajudam o defensor a superar o período sem contato com a bola.

Uma reação na cirurgia realizada no Rio de Janeiro, em 20 de janeiro, pelo antigo médico da Seleção Brasileira, José Luiz Runco, obrigou o atleta a voltar ao centro cirúrgico, o que acabou adiando os planos dele de voltar a jogar bola.

“Pelo que conversamos, ele está muito chateado com esse momento. Jogador gosta de estar atuando. Ficar no departamento médico é o trauma de qualquer atleta. Mas eu tento passar tranquilidade ao Dedé. A sorte é que ele é uma pessoa bem tranquila. A esposa está dando muito apoio também”, diz Virgílio Netto, 47 anos, amigo e preparador físico de Dedé na base e no profissional do Volta Redonda, clube no qual iniciou a carreira.

Revelado pelo clube do interior do Rio de Janeiro e vendido junto com o zagueiro cruzeirense para o Vasco, o atacante Robinho, atualmente no futebol marroquino, é outro companheiro que Dedé está sempre em contato.

Pelo whatsapp, apesar da distância de aproximadamente 8 mil quilômetros, em linha reta, que separam BH de Safi, na costa do país africano, os dois conversam com frequência e trocam palavras de apoio. A pedido do próprio Dedê, Robinho evita falar da situação do zagueiro da Raposa. “É uma questão muito particular. Ele me pediu para não comentar nada com ninguém”, diz.

Quando tem uma pausa no tratamento, Dedé costuma visitar a família, que vive no Parque da Ilha, em Volta Redonda. Na cidade, um dos passatempos do jogador é passear em carros antigos, além de tentar fisgar peixes em um pesque-pague do amigo Guto Nader, local que também funciona como um centro de treinamento.
 

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