(Gustavo Aleixo/Cruzeiro e Bruno Cantini / Agência Galo / Atlético)
A temporada 2020 do futebol mineiro está marcada por duas passagens relâmpago nos comandos de Atlético e Cruzeiro.
Entretanto, se a mudança no Galo rendeu frutos quase que de imediato, a troca na Raposa é mais um reflexo da grave crise que o clube atravessa.
Anunciado pelo Alvinegro no dia 4 de janeiro, Rafael Dudamel chegou à Cidade do Galo cercado de expectativas.
Entretanto, eliminações precoces na Copa Sul-Americana, para o Unión-ARG, e na Copa do Brasil para o Afogados-PE, em menos de uma semana, selaram a demissão do venezuelano, no dia 27 de fevereiro, após apenas 52 dias no cargo.
Em sua passagem por Belo Horizonte, Dudamel dirigiu o Galo em dez jogos, obtendo quatro vitórias, quatro empates e duas derrotas, desempenho que gerou um aproveitamento de 53,3%.
Para o lugar de Rafael Dudamel, o Atlético trouxe o argentino Jorge Sampaoli, que havia treinando o Santos em 2019.
Além da chegada do treinador, a diretoria alvinegra promoveu uma reformulação no elenco, contratou reforços, e hoje o clube ocupa a liderança do Campeonato Brasileiro.
Ney Franco
Ney Franco foi contratado pelo Cruzeiro no dia 8 de setembro, para substituir Enderson Moreira, desligado do clube, após o empate em 1 a 1 da Raposa com o CRB, um dia antes, pela 8ª rodada da Série B.
Apesar da ligação com o clube estrelado, onde trabalhou por muitos anos nas categorias de base, Ney não conseguiu encaixar uma sequencia de vitórias com o time estrelado.
Pior, o aproveitamento de 33,3%, fruto de quatro derrotas, um empate e duas vitórias, deixou a Raposa na vice-lanterna da competição, com apenas 12 pontos em 15 jogos.
O empate em 0 a 0 com o Oeste, lanterna do torneio, neste domingo, na Arena Barueri, selou a demissão de Ney.
A diretoria celeste agora vai atrás do quarto técnico da temporada. Além de Ney Franco e Enderson, Adilson Batista dirigiu a equipe celeste em 2020.