Depois de seis anos longe das pistas, Clemente Jr. retorna por 'hobby sério'

Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
27/11/2018 às 21:25.
Atualizado em 28/10/2021 às 02:25
 (Flávio Quick/divulgação)

(Flávio Quick/divulgação)

Ele nasceu com a velocidade no DNA – o pai foi tricampeão brasileiro de Marcas na década de 1980, ao lado de Vinícius Pimentel e José Junqueira (pai de Bruno). E se o contato com as pistas não foi estimulado em casa, tampouco houve resistência, bem ao contrário.

Com muito trabalho e disciplina, sempre com o também piloto de Marcas Roberto Mourão como ‘anjo da guarda’, Clemente Faria Júnior se tornou destaque no kart brasileiro em um dos períodos mais competitivos. Títulos nacionais foram quatro, número que poderia ter sido maior não fossem problemas mecânicos em algumas competições (o Brasileiro disputado em Betim, na categoria Sudam Júnior foi um deles). Do kart direto para os mais de 220 cavalos e a complexidade de um Fórmula 3. E no Sul-Americano de 2007, o título com o Dallara-Berta da equipe Cesário Fórmula.

No ano seguinte, o passo foi o habitual à época de 8 entre 10 brasileiros: a F-3 inglesa, pelo time de Kimi Räikkönen e seu manager, Steve Robertson, mas as deficiências do equipamento e a necessidade de ajudar nos negócios da família acabaram decretando o fim do sonho da carreira europeia. Por três anos, o desafio foi o Trofeo Linea, disputado com os sedãs fabricados pela Fiat em um evento organizado por Felipe Massa, com direito a uma vitória.

Uma história interrompida de forma trágica com a queda do avião que tirou a vida do pai, em 2012, próximo a Angra dos Reis. Não bastasse a perda, foi necessário se dedicar de corpo e alma na administração do grupo Minasmáquinas (hoje Bamaq).

Mas uma vez contaminado pelo bichinho da velocidade, seria difícil resistir a um retorno. Que começou esse ano pela origem, novamente em parceria com Mourão e na disputa das principais competições do kart mineiro, além da Copa Brasil, encerrada com um terceiro lugar na Sênior A. Os motores mudaram, as velocidades aumentaram em relação aos velhos tempos, mas o talento das ultrapassagens ‘sob medida’ em locais que parecem impossíveis resistiu ao tempo.

“Foram seis anos longe, mas sentia falta desse ambiente. Agora é um hobby, sério mas um hobby. Não dá para deixar em segundo plano os compromissos de trabalho, então tenho que me programar com muita antecedência para os campeonatos que consigo disputar, mas é bom voltar a acelerar e ver que ainda sou competitivo. Estou na pista para tentar vencer, como sempre”, destaca o piloto, hoje com 31 anos.

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RÁPIDAS

SÉRGIO SETTE CÂMARA TESTA COM TIME

FRANCÊS PENSANDO NA TEMPORADA 2019

Depois de enfrentar problemas mecânicos que o impediram de pontuar na última rodada dupla da Fórmula 2, em Abu Dhabi, Sérgio Sette Câmara voltará à pista de Yas Marina de amanhã a sábado, nos treinos coletivos da categoria visando a temporada 2019. Sexto colocado este ano e com o posto de piloto de testes da McLaren confirmado, ele andará com o Dallara Mecachrome da equipe francesa DAMS, terceira com o tailandês Alexander Albon, que será titular da Toro Rosso ano que vem. Embora nada esteja fechado, tudo indica que Serginho deixará a Carlin para, no próximo campeonato, lutar por um dos três primeiros lugares, que lhe dariam a Superlicença para pilotar na F-1.

KING OF THE JUNGLE CONSAGROU

CAMPEÕES MINEIROS DE HARD ENDURO

Trilhas naturais e obstáculos artificiais em torno de Poços de Caldas foram o palco para o King of the Jungle, desafio que consagrou os campeões mineiros e brasileiros de Hard Enduro (uma variedade ainda mais radical da modalidade). Com direito à presença do britânico Paul Bolton, um dos destaques internacionais do esporte, a prova consagrou, na categoria Ouro, Rigor Rico, à frente do irmão Ripi Galileu e de Vicenzo Barbagallo. Na Trial, festa de Igor Azevedo. Fabrício Romani foi o melhor na Prata, à frente de Eduardo Furtado e Pedro Lima. Na Bronze, título para Carlos Alberto de Souza, seguido por Lucas Queiroz Rocha e João Paulo Mozeli.

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