Derrota na Libertadores reforça 'zica' dos uniformes reservas do Cruzeiro em 2019

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
20/09/2018 às 20:56.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:34
 (AFP PHOTO / EITAN ABRAMOVICH)

(AFP PHOTO / EITAN ABRAMOVICH)

A derrota por 2 a 0 para o Boca Juniors, no Estádio La Bombonera, em Buenos Aires (Argentina), no duelo de ida pelas quartas de final da Copa Libertadores, reforça uma decisão já tomada pela diretoria do Cruzeiro: o uniforme da temporada 2019 terá a camisa número 2, tradicionalmente branca, lançada como peça principal da coleção, talvez até antes da número 1, de cor azul.

O clube já acerta os detalhes com a fornecedora de material esportivo britânica Umbro. O lançamento acontece no início da próxima temporada (fevereiro ou março). A ideia cruzeirense é valorizar a segunda camisa, que até 2018 carregava fama de “pé-quente”, em uma história iniciada com a conquista da Taça Brasil de 1966 sobre o poderoso Santos de Pelé. Aquela vitória de virada por 3 a 2 no Pacaembu, após derrota parcial por 2 a 0 no primeiro tempo, foi alcançada com Procópio, Piazza, Tostão, Dirceu Lopes, Natal e companhia totalmente vestidos de branco.

Pode parecer estranho colocar tanto peso no uniforme, diante da falta de objetividade e intensidade ofensiva do time de Mano Menezes contra o Boca Juniors, num confronto em que falhas defensivas também foram cometidos – o mais grave deles no segundo gol xeneize. Isso sem falar no erro do árbitro na expulsão injusta do zagueiro Dedé. Mas quem vive o mundo do futebol sabe que a superstição é um ingrediente muito presente. 

Foi justamente isso que levou o Cruzeiro a jogar na Bombonera com a camisa número 3, prateada, em vez do uniforme 2, que ganhou fama de “pé-frio” entre dirigentes e, principalmente, torcedores.

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COPA DO MUNDO

Batizada pela Umbro como Blàr Vikingur por fazer referência à seleção da Islândia, que disputou a Copa do Mundo da Rússia vestida pela mesma marca, a camisa número 2 do Cruzeiro parece não trazer sorte ao time celeste. Ela já estreou com uma derrota por 1 a 0 diante do Grêmio, dentro do Mineirão, na primeira rodada do Campeonato Brasileiro.

No total, a Raposa disputou cinco partidas trajando a Blàr Vikingur até o momento. E o retrospecto é de dois empates e três derrotas, ou seja, só dois pontos em 15 possíveis.

O péssimo desempenho homenageando os islandeses não teve influência no lançamento da camisa 3, em cor prata, que saiu na época prevista anteriormente. Mas ela também começou sua história no clube com derrota, por 1 a 0, diante do o Flamengo, no Estádio Maracanã, pelo Brasileirão. Na última quarta-feira ela foi usada pela segunda vez, nos 2 a 0 para o Boca Juniors.

Essa trauma cruzeirense com a segunda camisa deste ano é tão forte que, no jogo de ida pela semifinal da Copa do Brasil, contra o Palmeiras, no Allianz Parque, há pouco mais de uma semana, o time de Mano Menezes entrou em campo com a camisa azul, embora o ideal, pelos procedimentos adotados atualmente, fosse jogar com uma cor clara, para não bater com o verde escuro palmeirense.

Em La Bombonera, o azul foi usado pelo mandante Boca Juniors. E, para evitar a Blàr Vikingur, o Cruzeiro foi a campo com o uniforme prata, acompanhado de calção e meia brancos. Na partida de volta, em 4 de outubro, às 21h45, no Mineirão, a Raposa estará em campo com a tradicional camisa azul.

Reverter os 2 a 0 é uma missão difícil, principalmente porque o gol fora de casa vale como critério de desempate na Libertadores. Para buscar a vaga nas semifinais do torneio, muito além da camisa azul, o Cruzeiro vai precisar de mais entrega e brilho de quem a estiver vestindo.

CAMPANHA

Outros clubes brasileiros que trabalham com a mesma fornecedora de material esportivo do Cruzeiro também tiveram nesta temporada camisas especiais homenageando seleções que disputaram o Mundial da Rússia usando a mesma marca.

E um desses mantos gerou muita polêmica. Foi o do Atlético-PR, que homenagearia a Espanha, mas nunca entrou em campo com essa camisa após a repercussão ruim nas redes sociais. Os outros clubes na ação são o Avaí, em alusão à França; o Bahia, que homenageou a anfitriã Rússia; o Grêmio, celebrando o Uruguai; a Chapecoense, lembrando a Colômbia; e o Santos, com as cores da Inglaterra.

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