Desbravar a Série C do Brasileiro e seus perigos é a missão de Cabral no comando do Tombense

Henrique André
hcarmo@hojeemdia.com.br
08/05/2017 às 19:45.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:28

Desbravar os quatro cantos do Brasil, aos trinta e poucos anos. Poderia ser a história de Pedro Álvares Cabral, contada num livro de história qualquer. Não neste caso. Aos 35, esta é a missão de Raul, também Cabral, técnico do Tombense, responsável por conduzir a equipe mineira na Terceira Divisão do Brasileiro.

No próximo sábado (13), a caravela, ou melhor, o ônibus do time de Tombos, se deslocará dentro da própria cidade, na Zonada Mata mineira, para a primeira parada desta viagem, com término programado para novembro. Na estreia na competição nacional, o Gavião Carcará terá pela frente o Tupi, de Juiz de Fora.

Ainda em processo de montagem, após a saída de alguns atletas que disputaram o Campeonato Mineiro, a equipe de Cabral deverá receber alguns reforços com a competição já em andamento.

“A Série C se divide em duas etapas distintas. A primeira são os pontos corridos na chave, contra equipes muito qualificadas”, explica Raul. “A segunda parte, o mata-mata, é um campeonato distinto. Teremos jogos de detalhes e de extrema atenção, e qualquer erro pode nos custar todo o trabalho realizado”, conclui o treinador.

Sequência

Estudioso e mais um promissor treinador da nova safra, Cabral espera ter o respaldo da diretoria para trabalhar e colocar o time no “caminho das Índias”, rumo à Segundona.

“Muitos dirigentes, às vezes, não conseguem fazer a leitura do trabalho que vem sendo desenvolvido e se pautam apenas nos resultados. Quando não aparecem, eles acabam trocando”, comenta o catarinense, nascido em Tubarão. 

“Alguns clubes têm evoluído e, com a manutenção dos técnicos, conseguem melhores resultados. Espero que isso vire tendência no Brasil”, acrescenta.

Cabral diz ainda ver com bons olhos a escolha de Rodrigo Santana, da URT, como melhor técnico do Estadual. Segundo ele, ganha a classe dos treinadores de times do interior.

“Isso motiva muito mais os outros a estudar e crescer em suas respectivas carreiras”, diz.

Além da espera pelo início da Série C, o técnico do Tombense não vê a hora de ver o “time da família” ganhar mais uma peça. A esposa Patrícia, com quem está junto desde os tempos de faculdade, está grávida de sete meses e, em julho, dará à luz o caçula. O casal já tem uma filha, Júlia, de quatro anos, e espera por Guilherme para “fechar o grupo”.

“Fizemos uma campanha equilibrada no Mineiro. Na penúltima rodada, estávamos em quarto lugar”
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