(Samuel Costa)
O stand up paddle é aquela prancha enorme, em que se desloca de pé e com remo e que se tornou o esporte náutico do momento. Tanto que no domingo (6) foi disputado o primeiro torneio em Minas Gerais, na Lagoa dos Ingleses, em Nova Lima. O evento atraiu competidores mineiros e de outros Estados, em quatro modalidades: masculino, feminino, duplas mistas e trio (duas mulheres e um homem), com duas baterias cada.
Todas as provas aconteceram em um percurso de dois quilômetros. Entre os participantes, não havia “medalhões” do stand up, ainda mais por se tratar de esporte novo por aqui, mas apreciadores, como o líbero do Sada/Cruzeiro, Serginho.
Ele participou da competição para se distrair, antes da decisão da Superliga Masculina de Vôlei, no domingo, contra o Sesi-SP. “Aqui é diversão. Não tem a pressão, como na quadra. Tivemos sorte de ter uma semana e relaxar. Vai ajudar na preparação para a final”, comenta.
Para o casal Alexandre e Luciana Hermeto, a história com o stand up é recente, porém intensa. “Conhecemos o esporte em fevereiro, em Pipa (RN). Quando retornamos para Belo Horizonte, resolvi fazer uma surpresa para o Alexandre e comprei as pranchas. Nos associamos ao clube, onde praticamos todos os finais de semana”, conta Luciana, que competiu, com o marido, na prova de duplas.
Já a fisioterapeuta Felícia Curadomi, que pratica o esporte há dois anos, garante que não há restrições. “Adoro o paddle, pois permite que qualquer pessoa participe. Claro que, para um nível de competição, é preciso preparo físico, musculatura abdominal. Mas para a prática recreativa, não há exigências”, explica ela, que é professora da modalidade. Segundo Felícia, o custo de aquisição do equipamento (prancha, remo e colete salva-vidas) é de, aproximadamente, R$ 5 mil.
De origem havaiana, o stand up paddle é considerada uma das modalidades náuticas mais democráticas existentes. De acordo com o educador físico Johnny Aggrada, realizador do torneio, trata-se de um dos esportes que mais crescem no Brasil e exterior. “Justamente pela possibilidade de qualquer pessoa poder participar, independentemente de idade, estatura ou peso. Além de aliar natureza, amizade e atividade física de maneira prazerosa”, conclui. Ele ressalta que já há projetos para profissionalizar o esporte.