Desempregado após o tetra, Taffarel relembra chegada emocionante ao Atlético em 1995

Alexandre Simões
@oalexsimoes
10/04/2020 às 16:47.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:15
 (Celso Ávila/Arquivo Hoje em Dia)

(Celso Ávila/Arquivo Hoje em Dia)

Dentro da rotina de lives neste período de isolamento social, o Atlético reuniu nesta sexta-feira (10) o ex-lateral-esquerdo Dedê e o ex-goleiro Taffarel. E o tetracampeão mundial, um dos maiores da história da Seleção Brasileira em sua posição, relatou a emoção do dia em que chegou a Belo Horizonte e foi recepcionado pela massa atleticana.

“Quando cheguei, vi a cidade me recepcionado de uma maneira impressionante. Lembro que um repórter me perguntou se os seis meses sem jogar iriam influir, mas disse que depois do calor, do carinho do torcedor, com uma semana eu estava pronto”, revela Taffarel.Celso Ávila/Arquivo Hoje em Dia

Taffarel revela a emoção que sentiu ao chegar ao Atlético, em 1995, e ver Belo Horizonte praticamente parada na sua recepção

Pode parecer estranho, pois em 1994 ele tinha sido tetracampeão mundial com o Brasil, nos Estados Unidos, mas isso aconteceu pouco antes de um período raro na sua carreira.

“Aquele dia foi tão marcante na minha carreira, na minha vida, porque depois de ter vencido a Copa do Mundo de 1994, fiquei desempregado. Estava na Reggiana, fui para a Seleção, fazer a preparação, e o presidente não renovou meu contrato. E não surgiu nada após a Copa. Minha filha tinha um ano, meu filho nasceu em outubro, e minha presença em casa foi  bacana. Não que eu quisesse parar de jogar, mas aconteceu”, conta o ex-goleiro.

O ex-goleiro revela que o carinho que recebeu do povo mineiro ele carrega até hoje e lamenta ter morado na cidade apenas pouco mais de três anos: "foi um momento muito bom. Não só pelo nosso lado, nosso torcedor, mas nunca recebi nenhum insulto na rua por qualquer parte que fosse. O torcedor adversário sempre me respeitou. Outra coisa que me marcou foi o João Leite, que me levou para a igreja que ele frequentava".

Taffarel custou a Atlético no início de 1995 R$ 1,3 milhão, maior valor pago por um clube brasileiro por um goleiro até então. Ele foi campeão mineiro em 1995 e ganhou a Copa Centenário e a Copa Conmebol em 1997. Nas três temporadas e meia defendendo o Galo, o tetracampeão disputou 191 partidas. Hoje com 53 anos, ele está passando este período de isolamento social com a família, no interior do Rio Grande do Sul.

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