"Queremos ficar fora de questões políticas. Nosso interesse é apoiar o Vasco, alimentar nossa paixão". Com essas palavras, Rafael Silveira, um dos líderes da Torcida Vasco BH explica porque 'sacrificou' a tarde de seu sábado para acompanhar um jogo da Série B do Campeonato Brasileiro no Independência.   Cotado para subir de divisão com facilidade, o Vasco da Gama vem à capital mineira enfrentar o América, sendo que o Coelho é o favorito para o confronto no estádio do Horto. Sua torcida não mostra grande empolgação em relação à qualidade da equipe atual, mas o que não falta é entusiasmo.   Por problemas de ordem financeira e administrativa, o cruz-maltino ainda mantém sólidas as chances de entrar no G-4, mas vem de goleada para o Avaí e com treinador novo: o bom e velho Joel Santana.   Contudo, o nome do técnico, escolhido para substituir Adilson Batista, pode causar arrepios em alguns vascaínos.   "Sabemos que o Vasco está em uma situação ruim. Mas por ser vascaíno e de Belo Horizonte, não posso deixar de ir em um jogo do meu time na minha cidade. Em relação ao Joel Santana, achei tenebroso", comenta o mineiro, mas de raízes cariocas, Leonardo Naumann do Carmo, que chegou ao Independência com a emblemática camisa de Juninho Pernambucano, carregando no corpo a lembrança de um passado de glórias da instituição carioca.   Ao serem solicitados para tirar um foto diante da bandeira da Vasco BH, os cerca de 30 vascaínos logo atenderam o pedido com empolgação. Sinal de que aquela frase "o sentimento não pode parar" entoado pelos fanáticos do Gigante da Colina, vale mesmo em qualquer situação.   "Se o América fizer 15 x 0 no Vasco hoje, eu não vou parar de cantar, de incentivar. Quem é vascaíno não pode ficar desanimado", afirmou Rafael Silveira, carioca de Volta Redonda, mas morando em BH há 10 anos.

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