(Mourão Panda/América)
Em meio a vários fatores dentro e fora de campo que explicam o ótimo momento do América, vice-líder da Série B e classificado pela primeira vez ás quartas da Copa do Brasil, uma figura se destaca na trajetória do Coelho em 2020: o técnico Lisca.
Contratado no final de janeiro para substituir Felipe Conceição, que aceitou uma proposta do Red Bull Bragantino, o comandante aproveitou a base deixada por Conceição e também implantou seu método de trabalho no Alviverde.
Mesmo com a interrupção do futebol por mais de quatro meses, Lisca conseguiu manter o time competitivo, fazendo um bom Campeonato Mineiro, e mantendo o desempenho nos outros torneios disputados pelo Coelho.
Mesmo com o feito histórico no segundo principal campeonato do país, o comandante do alviverde quer mais e sonha com voos mais altos.Ricardo Duarte/ InternacionalLisca não conseguiu salvar o Inter do rebaixamento no Campeonato Brasileiro de 2016
Surgimento e drama
E o próximo adversário do América será uma equipe que Lisca conhece muito bem.
Foi no Internacional, adversário desta quarta-feira (11), às 21h30, Beira-Rio, no jogo de ida das quartas, onde Lisca começou a carreira.
Nascido em Porto Alegre, o treinador teve várias passagens pela base do Colorado, contribuindo para a formação de jogadores que viraram ídolos recentes do clube gaúcho, como Rafael Sóbis, Alexandre Pato, Nilmar e Daniel Carvalho.
Depois de rodar pelo futebol brasileiro, em busca da afirmação como treinador, Lisca recebeu o convite para dirigir o time principal do Inter no momento mais difícil da história do Colorado.
Restando apenas três jogos para o fim do Brasileirão, Lisca foi contratado para tentar salvar o Inter do rebaixamento, mas não conseguiu.
Com quatro pontos dos nove disputados, o comandante viu o Colorado ser rebaixado pela primeira vez na história.
Mesmo com a queda, Lisca não foi apontado pela torcida como o principal responsável pela péssima campanha, que contou com quatro técnicos no total, além de uma diretoria envolvida em denúncias de corrupção.
Mesmo com o apreço de parte dos colorados, o treinador não foi o escolhido para comandar o time na Série B, que, inclusive, acabou com o América campeão e o Inter vice.
Nas próximas duas quartas-feiras, Lisca vai deixar de lado o carinho pelo clube que o formou, e tentar levar o Coelho a mais um feito histórico na Copa do Brasil.