Dia de Fábio seguir fazendo história com a camisa cruzeirense

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
22/08/2017 às 19:10.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:12
 (Marcello Zambrana/Light Press/Cruzeiro)

(Marcello Zambrana/Light Press/Cruzeiro)

A galeria de troféus do Cruzeiro foi construída por copas. Da Taça Brasil de 1966 ao tetra da Copa do Brasil em 2003, o clube acumulou bicampeonatos da Libertadores, da Supercopa, da Sul-Minas. Mas falta um personagem nessa história: o goleiro Fábio, jogador que por mais vezes vestiu a camisa do clube (730 vezes), mas que nunca ergueu, como protagonista, uma taça conquistada num grande torneio de mata-mata. No tri da Copa do Brasil de 2000 era o terceiro reserva e só ficou no banco na decisão pela contusão de outros jogadores, mas sem jogar um minuto sequer.

A chance mais próxima de Fábio é a Copa do Brasil de 2017. Nesta quarta-feira (23), o Cruzeiro decide uma vaga na final recebendo o Grêmio, às 21h45, no Mineirão, no confronto de volta.

E assim como é importante para o time de Mano Menezes marcar gols, pois perdeu a ida semana passada, em Porto Alegre, por 1 a 0, é fundamental também não sofrê-los, pois o gol fora de casa é critério de desempate.

Há ainda a chance de a vaga ser decidida nos pênaltis, caso o Cruzeiro devolva o placar da semana passada. Neste caso, estará mais do que nunca nas mãos de Fábio a classificação celeste à decisão da Copa do Brasil de 2017.

Dono de uma nova marca a cada vez que veste a camisa cruzeirense, pois é o recordista de jogos pelo clube, Fábio já defendeu a Raposa em 730 jogos, recorde que dificilmente será batido.

Só isso já bastava para ele ter seu nome na história celeste, mas há mais, muito mais. Foi o capitão do time bicampeão brasileiro em 2013 e 2014, feito que, fora do eixo Rio-São Paulo, só o Internacional, de Falcão e Figueroa, alcançou, nos anos 70 (1975 e 1976).

TOP 5
De toda forma, vencer pelo menos uma copa é marca de quatro dos cinco integrantes do Top 5 dos maiores goleiros da história cruzeirense na Era Mineirão.

Raul venceu a Taça Brasil (1966) e a Copa Libertadores (1976). Paulo César Borges ficou marcado pelo bi da Supercopa (1991 e 1992) e pela primeira Copa do Brasil (1993).

Dida foi o paredão nos bicampeonatos da Copa do Brasil (1996) e da Libertadores (1997). Gomes tem na trajetória da Tríplice Coroa o tetra da Copa do Brasil (2003).

Em copas, Fábio bateu na trave duas vezes, em finais que foram muito sofridas para ele e principalmente para os torcedores cruzeirenses.
Em 2009, foi vice da Copa Libertadores perdendo a final para o Estudiantes, da Argentina, dentro do Mineirão.

Cinco anos depois, na decisão mineira da Copa do Brasil de 2014, viu o Cruzeiro, que estava envolvido ainda na reta final do Brasileirão, que foi conquistado, não ter forças para superar o maior rival.

FOCO
Antes do último treino do Cruzeiro, na tarde desta terça-feira (22), na Toca da Raposa II, Fábio participou da entrevista coletiva e destacou justamente o fato de o time precisar estar ligado no fato de o gol fora de casa valer como critério de desempate.

Sem dúvida, a classificação cruzeirense à decisão da Copa do Brasil passa pelos pés de Alisson, Thiago Neves, Robinho, Rafael Sóbis, mas também pelas mãos de Fábio.

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