(CBF)
Os mais de R$ 30 milhões que cairão na conta do Atlético pela venda do lateral-direito Emerson ao Barcelona terão parte da função definida: abater dívidas que o Galo mantém com outros clubes em processos judiciais movidos pelos cobradores na Fifa. É o caso, por exemplo, do próprio Diego Tardelli, uma vez que o clube mineiro deve cerca de 2,5 milhões de euros ao Al Gharafa pela compra do camisa 9 em 2013.
Em entrevista à Rádio Super Notícia, no Uruguai, o presidente Sérgio Sette Câmara confirmou que a preocupação alvinegra é de "colocar as contas em dia". E que há o alerta de não deixar "em aberto" os problemas financeiros já levados à Fifa, até pelo alto risco punitivo, em caso de condenação, como perda de pontos nos torneios e proibição de registrar novos jogadores.
"O dinheiro do Emerson grande parte O Atlético vai usar para pagar dívidas e uma delas é do Tardelli com o Al-Garafa. Vamos cumprir o prazo e vamos colocar as contas em dias. Essas relacionadas a Fifa não pode deixar em aberto, se o clube não honrar com isso pode ser punido e eu não vou deixar acontecer. Se dependesse da minha vontade como torcedor, o Tardelli viria, mas tenho responsabilidade, tenho de cumprir os valores", disse Sette Câmara.
Em balanço financeiro apresentado ao conselho deliberativo em 2018, o Atlético demonstrou que deve cerca de 11 milhões de euros a quatro clubes, naquele momento, por conta de pendências na compra de jogadores. Eram o Al Gharafa por Diego Tardelli (2,5 milhões), Boca Juniors por Julio César Cáceres (2 milhões), Udinese por Maicosuel e Douglas Santos (4,5 milhões) e, até então, Sporting por Elias (1,5 milhão de euros). Após este demonstrativo, o Galo vendeu Marco Túlio aos portugueses, abateu 900 mil euros da dívida e negociou os outros 600 mil, com a retirada do processo.
No lugar de Elias, entrou Otero. O Huachipato também move ação na Fifa contra o Atlético cobrando algo em torno de 6 milhões de dólares. Mas o Galo contesta tais valores, reconhecendo pendência de 600 mil dólares na compra de Otero em 2017. O Tribunal Arbitral do Esporte já julgou o caso, mas marcou a decisão para a segunda semana de fevereiro.
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