Diretor da XP explica dívidas e diz que Ronaldo assumiu operação de R$1,4 bilhão no Cruzeiro

Da Redação
esportes@hojeemdia.com.br
21/12/2021 às 12:18.
Atualizado em 29/12/2021 às 00:35
 (Divulgação/Cruzeiro)

(Divulgação/Cruzeiro)

Uma das principais missões de Ronaldo Fenômeno à frente do Cruzeiro é administrar uma dívida que gira em torno de R$1 bilhão, herdada do antigo modelo de gestão do clube estrelado.

A renegociação desse passivo se soma aos R$ 400 milhões que o futuro detentor de 90% das ações da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) da Raposa vai injetar no clube neste primeiro momento.

Entretanto, importante ressaltar que os clubes que se tornarem SAF terão condições especiais e obrigações a cumprir, como explicou Pedro Mesquita, o head de comunicação da XP Investimentos, ao canal do jornalista Jorge Nicola, na última segunda-feira (21).

"Não é uma dívida do Ronaldo nem do novo Cruzeiro. É uma dívida do Cruzeiro antigo, mas que recai sobre a SAF em seis anos (caso 60% não seja paga nesse período). Pensando que você perderá 20% de sua receita para pagar a dívida, o que você mais quer é se livrar da dívida para ficar com toda a receita limpa e investir no futebol. No frigir dos ovos, o Ronaldo entrou numa operação avaliando o Cruzeiro em R$ 1,4 bilhão, por mais que esse R$ 1 bilhão seja renegociado", disse Mesquita.

Responsabilidade
O diretor da XP, empresa responsável em procurar investidores para a Raposa no mercado, também deu detalhes de como será a execução dessa dívida, caso a SAF não consiga quitar ou atenuar a maior parte do passivo do Cruzeiro.

"Em seis anos, se a SAF não pagar 60% das dívidas, ela é coobrigada. Então é muito importante a gente dizer sobre quanto os clubes valem. Ah, o Cruzeiro vale R$ 400 milhões. Calma! R$ 400 milhões mais a dívida que quem entrar, se não pagar 60% em seis anos, é coobrigado. Diferentemente de clube de futebol, é uma empresa, que vai na pessoa física do dono".

Uma das demandas mais urgentes de Ronaldo Fenômeno e sua equipe é quitar dívidas com Mazatlán, do México, e Defensor, do Uruguai, referentes às aquisições do atacante Riascos e do meia-atacante Arrascaeta, respectivamente.

O débito, que atualmente gira em torno de R$22 milhões, fez com que a Fifa aplicasse um transfer ban no clube estrelado, o impedindo de inscrever novos atletas até que a pendência seja sanada.

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