Diretor do Cruzeiro cita presença de condenado por morte em camarote vizinho: 'Fundo do poço'

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
20/05/2018 às 12:51.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:10
 (Vinnicius Silva/Cruzeiro)

(Vinnicius Silva/Cruzeiro)

Após deixar o Independência em silêncio, na derrota para o Atlético em 1 a 0, a diretoria do Cruzeiro se pronunciou na manhã deste domingo (20). Através do diretor de futebol Marcelo Djian, o clube fez nova declaração sobre as reclamações de tratamento recebido do rival no Horto. Na nota, é informado que o clube celeste detectou ter sido cercado por torcedores organizados do Galo nos camarotes vizinhos, e que um elemento seria condenado por homicídio. 

"O fato que nós acabamos não dando entrevistas no final do jogo foi que nosso corpo de segurança detectou que um desses torcedores havia sido condenado pela morte de um conselheiro cruzeirense e nós achamos realmente que essa atitude atingiu o fundo do poço na relação entre Cruzeiro e Atlético-MG. Mas eu acho que Cruzeiro e Atlético-MG é muito maior que isso e algo tem que ser feito para os próximos jogos", afirma Djian. 

O diretor do Cruzeiro se refere a Paulo Márcio Nascimento Cândido, que foi preso pela Polícia Militar em janeiro de 2011, suspeito de assassinar o ex-conselheiro do Cruzeiro,  Antônio Pereira da Silva Filho, conhecido como "Antônio Kbça", com  disparos de arma de fogo. Paulo Márcio seria solto um mês depois, mas condenado a mais de 20 anos em regime fechado em 2017, juntamente com uma companheira.

Na época, testemunhas viram Paulo Márcio vestido com camisas da Galoucura, maior organizada do Atlético. Entretanto, na investigação da Polícia, foram descartadas questões clubísticas como motivo do crime.

“Bom dia a todos. Primeiramente, falando sobre os clássicos entre Cruzeiro e Atlético-MG, eu acho que, tanto Cruzeiro quando Atlético-MG não têm conduzido bem a organização desses clássicos.

Ontem a indignação foi muito grande porque nós fomos mudados do camarote que ficamos atualmente. Por nossa surpresa, quando chegamos, existia um camarote que era o último e depois os dois próximos que estávamos, divididos entre a comissão técnica e a diretoria, presidência e vice-presidência. Quando fizemos uma inversão nesses dois camarotes, logo chegaram mais torcedores de uma torcida organizada, que já existia no primeiro camarote, e ficamos cercados, com o intuito de ficarem insultando, de atrapalhar que nós víssemos o jogo e ficaram fazendo isso o jogo todo.

Até que, no intervalo, nós tivemos a necessidade de pedir a intervenção da polícia. Acho que até companheiros de vocês (da imprensa) fizeram imagens dos torcedores, porque eles estavam realmente bem nervosos, bem incitados.

O fato que nós acabamos não dando entrevistas no final do jogo foi que nosso corpo de segurança detectou que um desses torcedores havia sido condenado pela morte de um conselheiro cruzeirense e nós achamos realmente que essa atitude atingiu o fundo do poço na relação entre Cruzeiro e Atlético-MG. Mas eu acho que Cruzeiro e Atlético-MG é muito maior que isso e algo tem que ser feito para os próximos jogos”.

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