Dirigente do Palmeiras chama árbitro de covarde e chefe do apito rebate

Estadão Conteúdo
19/11/2015 às 08:51.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:32

O Palmeiras deixou o gramado da Arena da Baixada, na noite da última quarta-feira, em Curitiba, revoltado com a atuação do árbitro paraense Dewson Fernando Freitas da Silva no empate por 3 a 3 com o Atlético-PR, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. Segundo o gerente de futebol do clube paulista, Cícero Souza, o juiz foi covarde e refletiu o que é o presidente da Comissão da Arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa.

"Falo em nome do futebol brasileiro e em nome do Palmeiras. Faço um desafio à comissão de arbitragem, ao Sérgio Correa (chefe da arbitragem da CBF). O senhor Dewson representa muito o Sergio. No momento em que precisou de pulso, ele se ausentou. Essa covardia vem de cima. Que o Sérgio responda duas perguntas: se a bola foi cobrada no local correto e por que a bola cobrada pelo Palmeiras não foi permitida", questionou o dirigente palmeirense, ao se referir ao lance rápido que originou o terceiro gol do Atlético-PR, no qual a falta foi batida antes de o árbitro apitar, e um lance semelhante ocorrido pouco depois, no qual o juiz mandou voltar .

Cícero continuou as críticas. "O Palmeiras se sente um pouco prejudicado, mas não responsabiliza a arbitragem pelo resultado do jogo. Amanhã isso vai acontecer com outra equipe. As pessoas que precisam responder o que acontece não respondem. Falta coragem para buscarmos uma recuperação", disparou.

Em entrevista à Rádio Globo, Sérgio Correa rebateu as declarações do dirigente palmeirense. "A bola estava atrás de onde deveria estar. Caberia alguém marcar a posição para evitar a cobrança rápida, algo que é comum de se ver, pois os treinadores têm essa preocupação. Quanto ao lance da falta para o Palmeiras, o jogador do Atlético protege a bola, fica na frente, enquanto o árbitro se posiciona para marcar a barreira. O jogador do Palmeiras chuta a bola em cima do jogador do Atlético, com a nítida intenção de conseguir um cartão amarelo. São lances totalmente diferentes", disse Correa.

O chefe da arbitragem ainda comentou sobre o fato de ter sido chamado de covarde. "Não conheço o senhor Cícero, só de nome, mas não preciso medir forças com ninguém. Acredito que tenha sido uma força de expressão que ele usou. Não vou ficar comentando partidas de futebol e só falarei quando julgar necessário", explicou.

Correa ainda ironizou a reclamação dos palmeirenses e lembrou que recentemente o Palmeiras acabou sendo o beneficiado. "É normal creditarem os gols sofridos à arbitragem. Vimos isso no Fluminense x Palmeiras. A gente entende o momento de cada equipe", minimizou.
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