Dirigentes batem o martelo e garantem a realização da Liga Sul-Minas-Rio

Alberto Ribeiro - Hoje em Dia
23/10/2015 às 17:35.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:12
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Com ou sem o aval da CBF, a Liga Sul-Minas-Rio vai acontecer em 2016. Foi essa a definição dos integrantes da Liga Sul-Minas-Rio, após mais de três horas de reunião na sede social do Cruzeiro nesta sexta-feira (23). “Vamos divulgar a tabela na segunda-feira. A Liga está na rua e será feita. Agora é matar e vender a competição. Teremos seis datas, exatamente as que a CBF me deu. Curiosamente, foram eles que deram as datas (de 28 de janeiro a 30 de março), e achamos por bem não mudar. Não vamos perder a razão”, frisou o executivo da Liga após o encontro, Alexandre Kalil.

Durante o encontro, os integrantes dos 15 clubes participantes discutiram como será a relação com CBF. Na última segunda-feira, Marco Polo Del Nero mandou representantes dizerem a Alexandre Kalil que só daria o aval ao torneio após assembleia de federações, que acontecerá na próxima terça-feira, no Rio de Janeiro. Para a aprovação acontecer, é necessária 14 votos das 27 federações..

“Estamos enviando um documento para a assembleia, um comunicado para a CBF de que a nossa assembleia é ilegal. O STJD vai julgar nossos casos em uma sala especial. Precisamos de agilidade por causa do tamanho da competição. Quanto à arbitragem, temos três federações e vamos conversar com a Anaf (Associação Nacional dos Árbitros de Futebol). A lei esportiva desse país permite que os árbitros apitem na Liga”, reiterou Kalil.

Kalil voltou a criticar os membros da CBF, lembrando dos ataques que atingiram até o seu filho João Luis Kalil, que tem cargo não remunerado na Liga, por ter ido à CBF.

“O que aconteceu comigo foi tão desagradável que não quero mais falar a respeito. Isso é o desespero pela agilidade com que foi feita a Liga. É muito importante pararmos com essa beligerância. Não quero expor a minha família, e ela foi exposta. O nível de agressão que esse pessoal é capaz me assustou. Brigar nós brigamos, mas guerra é cruel. E o que fizeram foi guerrilha”, desabafou o dirigente.

O presidente do Cruzeiro e da Liga, Gilvan de Pinho Tavares, também explicou o encontro. “A tendência é que as federações decidam que a Liga deve existir, até porque não há impedimento legal. Vamos enviar apenas o ofício porque hoje a lei do Profut, que foi uma luta muito grande dos clubes e da própria CBF, inclui um artigo que diz que os clubes têm que fazer parte das assembleias gerais. Neste caso, estamos fazendo uma defesa geral dos direitos de todos os clubes”, disse Gilvan.

Antes do encontro, o mandantário do Cruzeiro apresentou a sede administrativa da Raposa e ofereceu um almoço tipicamente mineiro para os convidados. Os últimos a chegar foram os atleticanos Kalil e Daniel Nepomuceno, presidente do Atlético, que não participaram do almoço.

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