Dirigentes regionais cobram explicações da Federação Alemã sobre Copa de 2006

Estadão Conteúdo
21/10/2015 às 16:54.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:09
 (AFP/ARMEND NIMANI)

(AFP/ARMEND NIMANI)

O presidente da Federação Alemã de Futebol está sob crescente pressão para explicar a acusação de que foi utilizado cerca de US$ 6 milhões para a candidatura do país comprar apoio no processo de escolha da sede da Copa do Mundo de 2006. Wolfgang Niersbach negou qualquer irregularidade, mas reconheceu não saber o que se fez com o dinheiro e se ele foi desviado.

O semanário alemão Der Spiegel informou na última sexta-feira (16) que um "Caixa Dois" de 10,3 milhões de francos suíços (cerca de US$ 6 milhões na época) foi criado para comprar os votos de quatro representantes da Ásia no Comitê Executivo da Fifa. Agora, influentes organismos regionais de futebol da Alemanha estão colocando pressão sobre Niersbach para explicar o que aconteceu.

O presidente da federação estadual de Hesse, Rolf Hocke, disse nesta quarta-feira que todos os 21 chefes regionais pediram ao órgão nacional para uma resolução rápida do assunto. "O fluxo do dinheiro tem de ser explicado de forma rápida e totalmente, externamente e internamente", disse Hocke.

O dirigente também afirmou que o caso "surpreendeu a todos". "A situação é desconfortável. É por isso que precisamos de uma explicação completa", completou. Outro chefe regional, Matthias Schoeck, queixou-se de que ele só tomou conhecimento do caso através da imprensa.

Anteriormente, Niersbach negou categoricamente que tenha havido qualquer "Caixa Dois" ou compra de votos durante o processo de escolha da sede da Copa de 2006. Além disso, o presidente do comitê de candidatura da Alemanha, Franz Beckenbauer, disse que nunca deu dinheiro a qualquer pessoa em troca de votos.

Niersbach, que também era membro do comitê, garantiu que a candidatura da Alemanha foi honesta. "Nós conduzimos a candidatura de modo honesto, e, finalmente, vencemos com modos honestos para nós, para a Alemanha e para o futebol alemão em 6 de julho de 2000 em Zurique", disse Niersbach na última segunda-feira.

Uma comissão da federação está investigando o caso, bem como um "internacionalmente respeitado" escritório de advocacia, mas Niersbach não soube dizer quanto tempo levará a apuração. Promotores alemães estão examinando se há motivos para a abertura de uma investigação sobre as acusações.
http://www.estadao.com.br

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