As duas últimas temporadas do Cruzeiro foram muito ruins e a Raposa, que sequer chegou à final do Campeonato Mineiro em 2015 e 2016, também precisou lutar bravamente para escapar do temido rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Para vivenciar uma experiência diferente neste ano e não passar aperto novamente, a diretoria resolveu mudar sua estratégia de contratações.
Em vez de apostar em atletas que ostentam apenas “números interessantes” em planilhas de estatísticas esportivas – e que nem sempre condizem com a realidade técnica –, os dirigentes celestes mudaram o foco das contratações.
Se no ano passado houve apostas equivocadas, tanto pela escolha de Deivid como técnico, e em jogadores de qualidade totalmente questionável, em 2017 o presidente Gilvan de Pinho Tavares resolveu contratar apenas jogadores que conquistaram destaque em suas equipes em 2016.
É o caso do zagueiro equatoriano Luis Caicedo (vice-campeão da Libertadores e melhor defensor do Campeonato Equatoriano pelo Independiente Del Valle), do lateral-esquerdo Diogo Barbosa (que fez bom Brasileiro pelo Botafogo) e do volante Hudson (capitão do São Paulo na Libertadores).
E mais gente está muito perto de chegar. O meia experiente Thiago Neves finaliza detalhes no mundo árabe para, enfim, ser anunciado como jogador celeste com contrato de três anos. Além dele, o atacante Marcelo Moreno ainda pode retornar, caso abra mão de receber luvas para vestir mais uma vez a camisa estrelada.
“A situação está difícil, a economia do pais está apertando os clubes. Acho que nos reforçamos bastante. Terminamos com um time muito bom e, com a chegada dos reforços, teremos um time muito melhor”, analisou Gilvan, que dá o elenco como praticamente fechado.
“Na minha opinião, (não falta) nada. Mas não estou fechado para outros bons jogadores que possam vir a aparecer dentro do que o Cruzeiro pode oferecer”, completou o presidente, que chegou a ser vaiado anteontem durante a missa de aniversário do Cruzeiro.