Dobradinha histórica: há 50 anos, Tostão escrevia maior capítulo dos gols mineiros em Copas

Alexandre Simões
@oalexsimoes
13/06/2020 às 08:29.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:45

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 “Fiz dois grandes jogos na Copa de 1970, contra Inglaterra e Uruguai. A minha maior atuação foi na semifinal, contra o Uruguai. Dei dois dos melhores passes da minha carreira naquele jogo e ainda dei um terceiro para o Pelé, que quase marcou, naquele lance que entrou para a história com a finta dele no goleiro (Mazurkiewicz) sem tocar na bola. Contra a Inglaterra fiz aquela jogada do gol do Jairzinho”. Em entrevista ao Hoje em Dia, há quatro anos, quando eram completados 50 anos do seu primeiro gol em Copas, em 1966, na Inglaterra, Tostão destacava esses dois lances como suas grandes marcas no Mundial seguinte, no México.

Mas não foram apenas a entrega tática e os passes geniais que marcaram a passagem de Tostão pelos gramados mexicanos. O camisa 9 da Seleção de 1970 contribui também com gols na campanha do tri. E os dois foram marcados no mesmo jogo, em 14 de junho, nos 4 a 2 sobre o Peru, pelas quartas de final.
Neste domingo (14), eles completam 50 anos. E marcar dois gols num mesmo jogo de Copa segue como algo inédito para jogadores de um clube mineiro.

História

Não são muitos os gols “mineiros” em Copas. Além dos três de Tostão, o único a marcar em dois Mundiais (1966 e 1970), foram apenas mais cinco bolas na rede de jogadores de Atlético ou Cruzeiro no torneio.

Depois do maior ídolo e artilheiro cruzeirense, o primeiro mineiro a balançar a rede em Copas foi o maior ídolo e artilheiro atleticano, o centroavante Reinaldo, em 3 de junho de 1978. Camisa 9 da Seleção de Cláudio Coutinho, ele empatou a partida de estreia do Brasil no Mundial da Argentina contra a Suécia.

Nesta competição, o mundo conheceu a potência do chute do lateral Nelinho, que já tinha jogado em 1974, na Alemanha, mas só foi marcar quatro anos depois. O primeiro, de falta, contra a Polônia, na última rodada do quadrangular semifinal em que os donos da casa superaram o Brasil no saldo de gols com o polêmico 6 a 0 sobre o Peru.

Obras

O segundo gol de Nelinho em 1978 foi um dos mais bonitos da história das Copas, empatando a decisão do terceiro lugar contra a Itália.

Quando se fala em golaços, os dois de Éder, em 1982, na Espanha, os últimos de mineiros em Mundiais, entram na lista. O primeiro, contra a União Soviética, em 14 de junho, decretou a virada do time de Telê Santana aos 43 minutos do segundo tempo.

O segundo, quatro dias depois, contra a Escócia, numa cavadinha sensacional.

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