Dois torcedores do São Paulo são presos após bomba na torcida do Atlético

Cristiano Martins
csmartins@hojeemdia.com.br
19/05/2016 às 01:09.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:30
 (Frederico Ribeiro/Hoje em Dia)

(Frederico Ribeiro/Hoje em Dia)

Dois torcedores do São Paulo suspeitos de terem lançado uma bomba na torcida do Atlético foram detidos na noite desta quarta-feira (18) logo após a partida entre os dois times, no Independência, pela Copa Libertadores. O Galo venceu por 2 a 1, mas acabou eliminado pelo gol sofrido em casa.

A torcida visitante ficou retida por cerca de 30 minutos após o jogo para que fosse feita a identificação dos suspeitos por meio das câmeras de segurança. Segundo policiais que atenderam a ocorrência, os dois são-paulinos foram flagrados jogando um artefato no Setor Especial Ismênia, onde tradicionalmente ficam os sócios do programa Galo na Veia.

Pelo menos dois torcedores atleticanos tentaram registrar Boletim de Ocorrência nas Delegacias da Polícia Militar e da Polícia Civil dentro do estádio assim que o árbitro apitou o fim do jogo. Em ambas, no entanto, deram com a "cara na porta" e foram orientados a procurar outras unidades amanhã. O argumento era que só poderiam ser registradas denúncias durante os 90 minutos da partida.

"A torcida soltou uma bomba, caiu do meu lado, o barulho parecia uma dinamite. Aí eu fui reclamar com eles (PM), e ao invés de registrarem o B.O., eu acabei foi algemado. Quando fui reclamar, eles já vieram com truculência para cima de mim, me empurrando. Me deteve e me algemou, enquanto eu não usei de violência", afirmou o torcedor Adauto Cateano da Silva, que prometeu denunciar a situação.

"Não vou dar mole não, é muita sacanagem. Eu vou correr atrás disso amanhã, porque todo mundo viu. Não é assim que se trabalha não. Eu sou sócio, eu pago e quero ter segurança. A PM não fez nada, mandou a gente embora falando 'acabou, acabou'. Eu sou trabalhador", acrescentou.

Trocedora ferida

Além do susto pela bomba, uma outra torcedora atleticana tentou registrar Boletim de Ocorrência alegando ter sido agredida por um militar com um escudo durante a confusão. Visivelmente abalada e chorando muito, ela chegou acompanhada da mãe, mas também foi orientada a procurar outra delegacia amanhã. Ela também estava no setor Especial Ismênia.

Os responsáveis pelo policiamento confirmaram a prisão dos dois são-paulinos, mas não quiseram comentar as denúncias dos torcedores atleticanos.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por