Duelo entre Amanda Nunes e Cris Cyborg põe Brasil no topo do UFC

Estadão Conteúdo
29/12/2018 às 09:11.
Atualizado em 05/09/2021 às 15:48
 (Reprodução do UFC)

(Reprodução do UFC)

Para fechar o ano de 2018, o UFC traz um dos eventos mais aguardados da história da organização. Na madrugada deste sábado para domingo (29, no horário de Brasília), as campeãs brasileiras Cris Cyborg e Amanda Nunes estarão frente a frente no octógono do The Forum, em Los Angeles, na Califórnia, para protagonizar uma das maiores lutas de todos os tempos e marcar o auge do MMA feminino no Ultimate.

Em jogo estará o cinturão do peso pena, garantido por Cyborg em julho de 2017. A paranaense, que não sabe o que é uma derrota no MMA profissional há 13 anos, já fez três defesas de título e sua última vitória aconteceu em março deste ano, sobre a russa Yana Kunitskaya.

Apesar da longa invencibilidade, Cyborg afirma que não pensa nos resultados anteriores. O foco é buscar uma evolução no esporte a cada desafio que enfrenta. "A invencibilidade é uma consequência e eu não penso nisso quando vou lutar. Tento fazer o meu melhor e vou sempre em busca da vitória", disse, em entrevista ao Estado.

Do outro lado, Amanda mantém o seu cinturão da categoria peso galo e tenta fazer história. Caso conquiste a vitória sobre a compatriota, ela se tornará a primeira mulher com dois cinturões dentro do UFC. Em seu cartel conta com 16 vitórias e apenas quatro derrotas.

"Estou preparada para encarar a Cyborg desde o dia em que pedi a luta e ansiosa na dose certa, nem muito ansiosa, nem muito tranquila. Bem focada no que tenho de fazer", garante Amanda, ciente de que precisa encontrar o ponto vulnerável de sua adversária. "Todo atleta tem um ponto fraco. A gente trabalhou bastante para estar atenta para, na luta, conseguir ser rápida e aproveitar qualquer situação", completa.

A luta entre as duas campeãs é considerada umas importantes para o MMA mundial, por se tratar dos melhores nomes da categoria feminina na atualidade. As brasileiras evidenciam a importância das mulheres dentro da organização e enaltecem o País, que carece de títulos masculinos.

Depois de grandes lutadores como Anderson Silva, José Aldo, Minotauro e Vitor Belfort levarem o nome do Brasil pelo mundo, chegou a vez das únicas campeãs do País representarem uma valorização que buscam há anos. Para os fãs, o encontro entre Cyborg e Amanda é tão aguardado quanto o retorno de Jon Jones, que encara Alexander Gustafsson na luta principal do evento.

Masculino

Cercado de polêmicas, o UFC 232 marca o retorno de Jon Jones ao octógono. A edição registra um novo caso de doping envolvendo o astro que comanda a luta principal desta madrugada, contra Alexander Gustafsson, pelo cinturão vago dos meio pesados, e uma repentina transferência do evento de Las Vegas para Los Angeles.

Desta vez, o norte-americano foi o motivo da mudança no evento após um exame antidoping encontrar resíduo da substância proibida turinabol em seu corpo. Assim, a Comissão Atlética de Nevada vetou a participação do ex-campeão apenas em Nevada, mesmo com a liberação da Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA), o que causou a transferência do evento para Los Angeles com apenas menos de uma semana para sua realização.

A USADA, responsável pelo controle antidopagem no UFC, assegurou que a quantidade de turinabol encontrada é residual da ingestão pela qual Jon Jones foi punido por 15 meses 2017 e insignificante para seu rendimento. Sendo assim, a decisão do Ultimate foi manter o seu show principal neste sábado.

Considerado um dos grandes nomes no UFC, Jon Jones acumula problemas fora dos octógonos. Sua punição em julho de 2017, após ser flagrado no antidoping, fez com que o lutador perdesse o título meio pesado. Dois anos antes, ele também chegou a ficar sem o cinturão.

Apesar das novas confusões, o americano garante que vai voltar a trilhar a trajetória que resultou em vitórias dentro da organização. "Depois que vencer Gustafsson, voltarei ao caminho em que sempre estive: o de ser um dos melhores de todos os tempos", afirma.

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