A amargura segue fazendo parte das entrevistas coletivas do técnico Dunga. E nesta quarta-feira (6), ele voltou a tocar em assuntos que sempre que tem oportunidade escancara.
“Cada competição o Brasil tem que vencer. Essa é a diferença. Você ganha, no outro dia está sendo cobrado. Falamos que o bom é o espetáculo, mas cobramos resultados”, disse o treinador, num recado claro para a mídia, com quem estabelece uma relação nada cordial, embora a relação tenha melhorado nessa segunda passagem pela Seleção.
Quando o assunto foi resultados e desconfiança, ele voltou a exaltar a dupla Parreira e Zagallo, que são para ele como mestres.
“O Zagallo ganhou tudo. Mas toda vez que ia para a Seleção, tinha desconfiança. Com o Parreira, foi a mesma coisa, assim como com o Feola. Todo mundo que chega nesse lugar aqui carrega desconfiança. É normal dentro da Seleção ter essa cobrança e desconfiança”, analisa o técnico brasileiro.
O treinador só melhorou o humor quando falou da camisa 10 dada ao meia Kaká, que, segundo ele, foi uma casualidade acertada.
“Pode ser sim uma homenagem (a camisa 10 para Kaká). Cada um gosta de um número. Foi uma casualidade, mas que veio para o bem do futebol, pois representa um atleta de responsabilidade, que tem grande história na Seleção, ajuda os mais jovens, faz o intercâmbio entre comissão técnica e jogadores”, revela Dunga.