Dupla Pastana-Mozart emerge como uma espécie de 'última cartada' de Sérgio Santos Rodrigues

Thiago Prata
@ThiagoPrata7
10/06/2021 às 17:06.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:08
 (Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

(Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

Quando assumiu o Cruzeiro em meados de 2020, Sérgio Santos Rodrigues sabia muito bem do tamanho da crise do clube. Ou se não tinha noção ainda, passou a ter. Recebeu como “herança” uma dívida que chegaria à casa de R$ 1 bilhão, problemas internos gravíssimos, como salários atrasados a funcionários e atletas, e, sobretudo, a incumbência de montar uma diretoria, uma comissão técnica e um elenco suficientemente competentes para recolocar a Raposa na elite nacional. Passado um ano, ele se vê inserido em um novo contexto negativo (não tão diferente de outrora) e tendo que enfrentar uma forte campanha feita por torcedores exigindo sua renúncia.

Neste sábado (12), às 16h, está prevista uma manifestação em frente à Toca II contra a atual gestão, colecionadora de fracassos dentro e fora das quatro linhas e que optou por uma nova linha de trabalho que, novamente, é alvo de indignação da China Azul.

Após a saída de André Mazucco, com destino ao Santos, Rodrigues provocou a ira da torcida ao buscar Rodrigo Pastana para assumir a diretoria de futebol. Antes mesmo de oficializar essa contratação, foi feito um protesto em frente ao centro de treinamentos do clube contra a vinda do então dirigente do CSA.

Porém, o presidente celeste, convicto em sua decisão, anunciou Pastana como seu novo diretor. “Eu tomei conhecimento (da manifestação) e vejo com total respeito. É mais uma responsabilidade que eu tenho com a Nação Azul, em me empenhar cada vez mais e mudar esse índice de rejeição”, disse Pastana, que também se defendeu de várias polêmicas envolvendo seu nome.

Quinto treinador da Era Rodrigues – após Enderson Moreira, Ney Franco, Felipão e Felipe Conceição –, Mozart é uma indicação de Pastana; os dois trabalharam juntos no Coritiba e no CSA. Mais um fato contestado por parte da torcida.

A verdade é que, em meio a esse turbilhão vivido na Toca, com salários atrasados, recente eliminação na terceira fase da Copa do Brasil para a Juazeirense, nenhum ponto computado nas duas primeiras rodadas da Série B e manifestação por vir, Sérgio Santos Rodrigues sabe que a vinda da dupla Pastana-Mozart é uma espécie de “cartada final”. Não literalmente, claro. Isso porque, se nada der certo nesta aposta, é provável que a Raposa passará mais uma temporada longe da elite nacional. E o dirigente vivenciará uma nova pressão. Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Sérgio Santos Rodrigues vem convivendo com críticas por parte da torcida celeste

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