(Bruno Cantini/Atlético)
A promessa de Rafael Dudamel ficou muito clara em sua coletiva de apresentação: rejuvenescer a equipe atleticana e dar chances a garotos da base. No entanto, outra categoria de atletas do elenco alvinegro deve ganhar mais responsabilidades ao longo do trabalho do venezuelano em Belo Horizonte, os estrangeiros.
Durante sua fala, o treinador deixou muito claro que os “gringos” deverão assumir um papel de destaque no Galo. Puxando a fala por seu compatriota Otero, o novo comandante demonstrou que acredita no protagonismo desses jogadores
“O papel de Otero é de um jogador estrangeiro. Quando você importa um jogador, é porque não tem um aqui. Estou feliz em ter o Otero na equipe. Quando o Rui (Costa) me perguntou sobre ele, eu disse que quero que siga, que é um grande jogador, estabelecido no clube. É o jogador que mais vou exigir, porque sei de sua capacidade, o conheço bem e porque tem que ser importante, fazer diferença, assim como todos os estrangeiros, como Di Santo, Cazares, Lucas (Hernández)”.Bruno Cantini/Atlético /
No entanto, para que a intenção de Dudamel seja alcançada, outro ponto citado para surtir efeito é o trabalho. Isso porque a fase dos estrangeiros no Atlético não é das melhores. Fora Cazares, que vive um caso de amor e ódio com o torcedor, mas muitas vezes decidiu partidas a favo do Galo, os demais atletas de fora não renderam ainda o esperado no momento de suas contratações.
Citado pelo novo comandante, Lucas Hernandéz não agradou e chegou a ser a terceira opção para a lateral esquerda. Por isso, o próprio presidente do clube já admitiu que pretende emprestar o atleta. Outro que ainda não convenceu é o centroavante argentino Santo, que marcou apenas quatro gols com a camisa alvinegra. Inclusive, Sérgio Sette Câmara declarou que procura um camisa 9 no mercado.
O volante Ramón Martínez, constantemente convocado para a seleção paraguaia, ainda não conseguiu se destacar e assumir um posto de destaque no time.
Por fim, resta o venezuelano Otero. O compatriota de Dudamel teve uma boa primeira passagem pela Cidade do Galo, tanto que foi visto como um reforço ao retornar de empréstimo para o clube na metade de 2019. No entanto, o rendimento não foi o mesmo, gerando a perda de espaço e prestígio do jogador na equipe.
Com a promessa de que será o mais cobrado e exigido pelo novo treinador, o meia-atacante, assim como os demais estrangeiros, terá a chance de viver uma nova fase no clube em 2020.
*Hugo Lobão sob supervisão de Thiago Prata