Em busca de apoio, skate vive o sonho olímpico

Da Redação *
esportes@hojeemdia.com.br
Publicado em 07/10/2016 às 20:43.Atualizado em 15/11/2021 às 21:09.
 (Flávio Tavares/Hoje em Dia)
(Flávio Tavares/Hoje em Dia)

O programa olímpico dos Jogos de Tóquio-2020 vai apresentar cinco novidades. Uma delas é o skate, que ao lado do surfe, do caratê, da escalada e do beisebol/softbol (que retorna ao programa olímpico), vai estrear na maior competição esportiva do mundo.

A inclusão do skate vem para premiar uma geração muito talentosa que pratica o esporte no Brasil. Apesar de ainda não terem sido divulgadas quais categorias vão estar em disputa, é certo que, caso conte com os principais nome da modalidade, a equipe verde amarela vai entrar forte na competição.

A entrada do esporte no programa olímpico levantou a discussão entre os praticantes. Se por um lado, alguns se mostraram receosos, alegando que o skate perderia sua essência, por se tratar de um esporte “sem regras” e “livre”, outros, especialmente a geração mais nova, apoiou a inclusão da modalidade na Olimpíada. 
Como é o caso de Leon Sastre, de 17 anos, que compete pela categoria downhill.

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O brasiliense radicado em Belo Horizonte comemorou a entrada do skate nos Jogos Olímpicos, alegando que a participação da modalidade nos Jogos vai ajudar a romper um preconceito em relação ao esporte.

"É sensacional, maravilhoso (a inclusão do skate). Falta apoio, incentivo ao atleta. O skate sempre teve uma fama de esporte de maconheiro. Entrando na Olimpíada, as pessoas vão ver que não é por esse lado, que é um esporte como qualquer outro”

Leon também revelou o sonho de defender o Brasil em Tóquio. 
“Eu tenho muita esperança (de disputar a Olimpíada). Eu não sei se o downhill vai entrar na próxima edição, mas, se for o caso, eu vou com tudo”.

Falta de incentivo

Em Minas, não existe uma federação que tutele especificamente o skate. Existe a Federação Mineira de Esportes Radicais, que cuida de mais doze modalidades. 

Durante o ano são realizados alguns campeonatos, mas, segundo Leon, não há periodicidade. O atleta afirma que apesar do interesse dos dirigentes, o esporte sofre com a falta de apoio e investimento.

“São realizados alguns campeonatos durante o ano, mas não há divulgação, investimento. Não é falta de vontade da federação, mas não tem como, o skate no Brasil ainda precisa melhorar muita coisa, principalmente na estrutura”.

O skatista ainda citou a Praça do Papa, o condomínio Vale do Sereno e o município de Macacos, como pontos comuns para a prática do skate, especialmente do downhill, na região metropolitana de Belo Horizonte. 

*Colaborou Lucas Borges

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