
O programa olímpico dos Jogos de Tóquio-2020 vai apresentar cinco novidades. Uma delas é o skate, que ao lado do surfe, do caratê, da escalada e do beisebol/softbol (que retorna ao programa olímpico), vai estrear na maior competição esportiva do mundo.
A inclusão do skate vem para premiar uma geração muito talentosa que pratica o esporte no Brasil. Apesar de ainda não terem sido divulgadas quais categorias vão estar em disputa, é certo que, caso conte com os principais nome da modalidade, a equipe verde amarela vai entrar forte na competição.
A entrada do esporte no programa olímpico levantou a discussão entre os praticantes. Se por um lado, alguns se mostraram receosos, alegando que o skate perderia sua essência, por se tratar de um esporte “sem regras” e “livre”, outros, especialmente a geração mais nova, apoiou a inclusão da modalidade na Olimpíada.
Como é o caso de Leon Sastre, de 17 anos, que compete pela categoria downhill.
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O brasiliense radicado em Belo Horizonte comemorou a entrada do skate nos Jogos Olímpicos, alegando que a participação da modalidade nos Jogos vai ajudar a romper um preconceito em relação ao esporte.
"É sensacional, maravilhoso (a inclusão do skate). Falta apoio, incentivo ao atleta. O skate sempre teve uma fama de esporte de maconheiro. Entrando na Olimpíada, as pessoas vão ver que não é por esse lado, que é um esporte como qualquer outro”
Leon também revelou o sonho de defender o Brasil em Tóquio.
“Eu tenho muita esperança (de disputar a Olimpíada). Eu não sei se o downhill vai entrar na próxima edição, mas, se for o caso, eu vou com tudo”.
Falta de incentivo
Em Minas, não existe uma federação que tutele especificamente o skate. Existe a Federação Mineira de Esportes Radicais, que cuida de mais doze modalidades.
Durante o ano são realizados alguns campeonatos, mas, segundo Leon, não há periodicidade. O atleta afirma que apesar do interesse dos dirigentes, o esporte sofre com a falta de apoio e investimento.
“São realizados alguns campeonatos durante o ano, mas não há divulgação, investimento. Não é falta de vontade da federação, mas não tem como, o skate no Brasil ainda precisa melhorar muita coisa, principalmente na estrutura”.
O skatista ainda citou a Praça do Papa, o condomínio Vale do Sereno e o município de Macacos, como pontos comuns para a prática do skate, especialmente do downhill, na região metropolitana de Belo Horizonte.
*Colaborou Lucas Borges